Padre Geovane Saraiva* A criatura humana que, mergulhada na escuridão, acolhe as maravilhas de Deus através de seus mensageiros é concreta na pequenez e humildade de São João Batista. Ele, longe de toda e qualquer postura ambiciosa, dizia: “Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas, vede, depois de mim vem aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias” (At 13, 24). Ele está no meio de nós, alimentando-nos e chamando-nos a segui-lo, mas na alegria de reconhecê-lo numa busca de coerência, como no anúncio do precursor. Outrora, em tempos messiânicos, descreveu o profeta Zacarias como Deus suscitaria sobre Jerusalém “um espírito de graça e de consolação” (Zc 11, 10), consolação essa, entendida pelos tempos, que chega depois por outro Zacarias, muito mais conhecido, não por ser simplesmente um sacerdote, mas favorecido por ter recebido a visita do Anjo Gabriel, enquanto executava suas funções sacerdotais no templo. O Anjo lhe trouxe a notícia de que seria pai, porém su
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