'Divã ocidento-oriental' traz produção poética e ensaística do romântico alemão, Johann Wolfgang von Goethe O Divã ocidento-oriental (Estação Liberdade, 448 pp, R$ 72 – Trad.: Daniel Martineschen) é o resultado do movimento de Goethe em direção ao Oriente, “de onde há milênios têm chegado a nós tantas coisas grandiosas, boas e belas”. Este desejo teve sua gênese no encontro do poeta alemão com o diwan (coletânea) do persa Hafez. Reunindo mais de 500 gazéis (poemas curtos e líricos, de temática mística ou amorosa), o diwan de Hafez circulava pelo Oriente desde o século XIV. Quando a primeira tradução integral deste conjunto chega a Goethe, ele é arrebatado por sua leitura e tomado de uma necessidade de responder produtivamente à “poderosa aparição” de Hafez, a quem Goethe passou a considerar um “gêmeo”. O alemão, então com 64 anos, decide renovar-se como criador e empreender sua viagem literária rumo ao Oriente. Por meio de leituras, pesquisas e traduções, o poeta
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