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Mostrando postagens de abril 10, 2020

Isolados, mas não abandonados!

Foto: Padre Geovane Saraiva,  Altar da Igreja Santo Afonso,   Parquelândia - Fortaleza CE Padre Geovane Saraiva* Compassivo e manso, Jesus, o Servo de Javé, não esmorece e não desanima, nem se abate, mediante os obstáculos dos adversários do reino. Viver a sua Páscoa é o que Ele nos propõe, em alto e bom tom, mesmo na ansiedade e no medo de aldeia global. Deus quer, na perplexidade, na solidão solidária e na temeridade, por tudo que acontece, que nada seja em vão. A Semana Santa quer ser o nosso Getsêmani. O Sinédrio de outrora decidiu pela flagelação ou paixão do nosso Mestre e Senhor. Associados ao ministério do gemido e da suprema angústia do homem de Nazaré, na provação, abandono e solidão de uma multidão de irmãos e irmãs, experimentemos sua afável compaixão. Com esta pandemia do coronavírus, que as pessoas tenham os dias da Paixão do Senhor como dias verdadeiramente sagrados, que saibamos considerar o silêncio do isolamento como ocasião de luminosa e esperanços

Após 35 anos da morte de Cora Coralina, obra ainda encanta

A poeta e contista ganhou notoriedade nacional já com 90 anos de idade Esta Sexta-Feira da Paixão, 10 de abril, marca a passagem dos 35 anos de morte de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida pelo pseudônimo de Cora Coralina. A poeta e contista ganhou notoriedade nacional em 27 de dezembro de 1980, já com 90 anos de idade, após ser resenhada por Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) em sua coluna publicada em um sábado no Jornal do Brasil. “Cora Coralina, para mim a pessoa mais importante de Goiás. Mais do que o governador, as excelências parlamentares, os homens ricos e influentes do estado. Entretanto, uma velhinha sem posses, rica apenas de sua poesia, de sua invenção e identificada com a vida como é, por exemplo, uma estrada.” A partir de então, o noticiário destacava o fato de uma mulher, idosa, do interior do Brasil, e com pouca escolaridade - estudou até a quarta série do antigo primário - romper a cena literária e começar a publicar a partir dos 75 ano

Podcast: Judas, insensível e frio.

Por Pe. Geovane Saraiva

Solidariedade ecumênica

Por  Gonzaga Mota - Professor aposentado da UFC Estamos vivendo momentos de angústia, em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus. É importante que todos nós, brasileiros, de um lado, tenhamos consciência da gravidade da situação, e de outro, confiemos na solidariedade da população; sigamos as orientações das autoridades sanitárias e dos profissionais de saúde, bem como acreditemos na comunidade científica que visa encontrar um antídoto para combater o mencionado vírus. Estas três vertentes são fundamentais para vencermos um desafio que poderá apresentar índice elevado de letalidade. Ademais, a hora é de união. Não devemos realizar ou estimular brigas ou disputas inócuas visando outros objetivos. A "solidariedade ecumênica", no sentido amplo, respeitando os princípios democráticos, é fundamental para acabar com o o inimigo invisível (Covid-19). Quando nos referimos ao ecumenismo estamos ressaltando os aspectos religiosos, políticos, ideológicos, da imprens

A Noite que rompe o silêncio da morte

O ponto culminante e central da vida cristã é a Páscoa, que será vivida dolorosamente este ano sem a presença dos fiéis em muitos países do mundo, mas que continua a vir em busca do coração humano.   Debora Donnini, Silvonei José - Cidade do Vaticano É na Missa da Epifania, no dia 6 de janeiro, que se anuncia a data do Domingo de Páscoa, o ápice do Tríduo da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, e o centro de todo o ano litúrgico. É precisamente a partir da Páscoa que surgem os dias santos. Nos ritmos e acontecimentos do tempo - recorda este anúncio -, vivemos os mistérios da salvação. A Páscoa é, portanto, a festa mais importante, como o próprio Papa Francisco salientou na sua audiência geral em 2018 durante a Semana Santa, exortando todos os cristãos a viverem estes dias como "a matriz" da sua vida pessoal e comunitária. Uma festa que tem as suas raízes na Páscoa judaica, que comemora a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, realizada por Deus com o p

Judas: fechado e frio

Padre Geovane Saraiva* Na Quinta-Feira Santa, Jesus, nosso mestre e Senhor, lavou os pés de seus discípulos, e também daquele que o traiu e que foi a causa de infidelidade e ruína para o mundo, ao abandoná-lo, covardemente. Que o Tríduo Pascal, dias grandiosos, os mais importantes do ano, seja o ponto de chegada, ápice da nossa redenção. É Deus mesmo prometendo não nos abandonar, sendo o verdadeiro foco, a luz da esperança na nossa jornada cotidiana. Que o servo de Javé nos ensine a travessia da vida pelo nosso mundo, aparentemente seguro e cheio de conforto para uma boa parte da humanidade, mas que abruptamente foi surpreendida, num não à sua veloz lógica materialista e consumista, para que reflitamos sobre lavar os pés uns dos outros, a partir do nosso próprio egoísmo e omissão, convertidos e desejosos de boas ações. A liberdade de Jesus consiste na sua abertura, a ponto de Ele oferecer sua vida para salvar a humanidade; ao contrário de Judas, que optou pelo caminho d

Sexta-feira Santa, o Mistério da Cruz

Sexta-feira Santa é o dia do silêncio e da adoração, dia no qual se medita com a Via-Sacra a Paixão de Cristo e se repercorre com Jesus o caminho da dor que leva à sua morte, uma morte que, sabemos, não é para sempre.   Cidade do Vaticano Depois disso Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura, disse: “Tenho sede”. Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (Jo 18, 28-30). Hoje as igrejas estão silenciosas. Na liturgia não há canto, não há música e não se celebra a Eucaristia, porque todo espaço é dedicado à Paixão e à morte de Jesus. Ajoelhamo-nos, para simbolizar a humilhação do homem terreno e a coparticipação ao sofrimento do Senhor. Porém, não é um dia de luto, mas um dia de contemplação do amor de Deus que chega para sacrificar o próprio Filho, verdadeiro Cordeiro p