Grecianny Carvalho Cordeiro* Um fato bizarro tomou conta dos noticiários essa semana: o caso do homem que esfregou o pênis em uma mulher e ejaculou em cima dela, dentro de um ônibus, em São Paulo. O motorista do ônibus parou o coletivo, ordenou que os passageiros e a vítima descessem. O homem permaneceu detido até a chegada da polícia, que o levou para a delegacia para a formalização do procedimento policial. Quando na audiência de custódia, o homem foi solto, entendendo o magistrado que a prisão não se justificava porque “não houve constrangimento à vítima”. Dias depois, o mesmo homem – com enorme histórico de crimes sexuais - foi novamente preso, pelo mesmo fato. Questões jurídicas à parte, se a conduta do homem consistiu em crime de estupro ou não, a postura do magistrado que decidiu pela sua soltura nos mostra como as instâncias jurídicas lidam com a violência contra a mulher. Imaginemos e visualizemos me
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza