Agência Brasil/Arquivo Os livretos de literatura de cordel já se enfileiravam em cordas nas feiras e praças do sertão nordestino desde o fim do século 19, mas foi somente em 1938, na Paraíba, que uma mulher se atreveu a disputar aquele espaço. Ainda assim, somente nos bastidores. Maria das Neves Baptista Pimentel, “para ser levada a sério”, precisou tomar emprestado o nome do marido Altino Alagoano. A trajetória de mulheres cordelistas é o tema do Programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar hoje (13) às 22h30, na TV Brasil , da Empresa Brasil de Comunicação ( EBC ). Mais de 80 anos se passaram desde que Maria das Neves assinou como um homem o cordel “O Violino do Diabo ou o Valor da Honestidade”. A presença de mulheres nesse meio, no entanto, ainda é desafiador. Dos 40 poetas da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), cinco são mulheres. “O mundo do cordel era um mundo de homens”, diz Maria Rosário Pinto, integrante da academia. O programa As Cordelistas
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza