Carlos Delano Rebouças* Ao vermos tanta gente a sofrer com o desemprego, ou sem uma base profissional, ou mesmo com pouca formação técnica e científica que possa significar o pontapé inicial de uma trajetória profissional, de uma carreira de sucesso, logo aparece alguém para atribuir exclusivamente ao poder público a responsabilidade por esse desequilíbrio social. Contudo, não sejamos injustos em achar que é somente dele. Na verdade, embora seja dele a responsabilidade maior, essa conta deve ser rateada, cuidadosamente, com outros mais da sociedade. A primeira instituição que conhecemos, via de regra, é a família, esta mesma que em tempos mais modernos vem ganhando uma nova cara, um novo formato e novas definições. Mudam as figuras, ou seja, algumas permanecem sob os paradigmas conservadoristas, outras nascem e renascem com características bem diferentes, mas com a mesma representatividade. Logo conhecemos a escola. Hoje, aliás, já de algum bom tempo para cá, um grande
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza