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Mostrando postagens de abril 16, 2017

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Grecianny Carvalho Cordeiro * Na condição de Promotora de Justiça atuando em uma vara criminal e vez por outra na execução criminal, me peguei refletindo sobre a concessão de prisão domiciliar em favor de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral. Milhares de mulheres encontram-se presas nos cárceres brasileiros, por crimes de furto, roubo, tráfico de drogas, estelionato etc., e com certeza não seria temeridade minha afirmar que quase todas, com exceção de poucas, pouquíssimas, pertencem às classes menos favorecidas economicamente. Para aqueles que cometem crimes contra o patrimônio (furto e roubo), o peso da lei é enorme, podendo a prisão durar meses, anos, muitas vezes um tempo de prisão provisória que vai além da pena determinada na sentença condenatória. Para esses criminosos, as medidas cautelares – a exemplo do monitoramento eletrônico – são pouco aplicadas, e com isso as prisões incham, superlotam, abarrotam de presos que sobrevivem em condições p

ABUSO DE AUTORIDADE

Grecianny Carvalho Cordeiro* O projeto de lei sobre o abuso de autoridade, do ano de 2015, de autoria do senador Renan Calheiros, adormecido desde o ano passado, acordou com imensa força e disposição. Ao apresentar a justificativa ao PL, o senador Renan Calheiros diz: “É preciso acabar – de parte a parte – com a cultura do você sabe com quem está falando?” Talvez essa justificativa seja mais para o subscritor do PL em comento, seus pares congressistas e políticos, do que para as demais autoridades desse país. A lei sobre abuso de autoridade, por certo, encontra-se um pouco defasada em razão do passar do tempo. E nada mais correto do que adequar a legislação à mudança dos tempos. O intrigante é o empenho dos parlamentares em aprovar essa lei justamente quando a Operação Lava Jato avança em direção à classe política, de A a Z, envolvida com crimes de corrupção, com exceção de alguns, é claro.  Pelo referido PL e emendas, um juiz poderá ser punido por abuso de a

Hamlet

Grecianny Carvalho Cordeiro* Voltemos a Shakespeare, o dramaturgo inglês que até hoje intriga estudiosos e leigos pela riqueza de sua obra, sempre atual, apesar do passar dos tempos. Quem nunca ouviu falar de Hamlet? “Ser ou não ser? Eis a questão.” Ou ainda a célebre frase: “existe algo podre no reino da Dinamarca”. E a cena do príncipe segurando um crânio na mão? Quem não lembra? Hamlet, príncipe da Dinamarca, vivia atormentado em virtude da morte do pai, notadamente após descobrir que o mesmo fora assassinado pelo próprio irmão, Cláudio, que viria a assumir o trono e desposar a rainha viúva, Gertrudes. Hamlet finge estar louco para assim idealizar a melhor vingança. E nessa fingida loucura, que parece real, muitas tragédias ocorrem, em especial, a morte de Ofélia, por quem Hamlet era apaixonado. Loucura e sensatez. Amor. Ódio. Traição. Intrigas palacianas. Mortes.  "Há mais coisas no céu e na terra, do que pode sonhar tua filosofia.&

BIENAL DO LIVRO 2017

Grecianny Carvalho Cordeiro* Nos dias 14 a 23 de abril, ocorre a XIII Bienal do Livro do Ceará. “Cada pessoa um livro; o mundo, a biblioteca”, é o tema escolhido para um dos eventos literários mais importantes do país. Porque cada um de nós realmente é um livro ambulante, cujas histórias escrevemos a cada dia, na vivência do cotidiano, com pitadas de dores e amores, de tristezas e alegrias, de incongruências e complacências, com a heterogeneidade que somente o ser humano é capaz, diferente e igual, completo e por inteiro, na dualidade eterna do viver. Porque o mundo é uma imensa e maravilhosa biblioteca, cabendo-nos escolher os livros que pretendemos ler e, por meio deles, adquirir conhecimento, inteligência, sabedoria, para usar como bem nos aprouver, afinal, somos seres dotados de livre-arbítrio. A programação da Bienal foi primorosa, com excelentes autores, iniciantes e veteranos, palestrando, realizando bate papo com os leitores, lançando livros; uma gama de ed

CardLivro foi entregue aos professores

Bienal do Livro: professores da rede municipal receberam nesta quarta, 12/4, cartão para comprar livros e materiais Em clima de alegria e muita animação de centenas de estudantes animados para visitar a XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, os  professores da Escola Municipal Agostinho Moreira e Silva, na Barra do Ceará , receberam na tarde desta quarta-feira, 12/4, das mãos da secretária municipal da Educação,  Dalila Saldanha , e do secretário da Cultura do Estado,  Fabiano dos Santos Piúba , os CardLivros.  O CardLivro é um cartão magnético, como um cartão de crédito, para aquisição de livros e/ou material de incentivo à leitura , regulamentado pela Lei Nº 10.564 de 29 de março de 2017. O crédito é destinado aos professores para utilização na Bienal, que começa nesta sexta-feira, 14/4, e segue até o dia 23, em uma realização do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura e do Instituto Dragão do Mar, com apresentação do Ministério da Cultura e do Bradesc

Bienal realiza campanha de doações de Livros

Bienal do Livro tem campanha para arrecadação de livros, em prol das bibliotecas da Edisca e de unidades prisionais A XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, que começou nesta sexta-feira, 14/4, com grande público lotando o Pavilhão Oeste do Centro de eventos do Ceará, está com uma campanha aberta para doação de livros, destinados a enriquecer as bibliotecas da Edisca, escola de dança responsável pelo belíssimo balé “Religare”, apresentado na abertura da Bienal, e de unidades prisionais do Estado do Ceará, que estimulam a leitura. As doações podem ser feitas durante todo o horário de funcionamento da Bienal, de 9h às 22h, todos os dias, até 23 de abril. A entrega dos livros é fácil e prática, bastando dirigir-se até a recepção do Centro de Eventos, logo após a entrada principal da Bienal, identificada com pórtico e banners. São solicitados livros de literatura, não sendo recomendados livros didáticos nem técnicos, conforme destaca a coordenadora geral da Bienal, Mileide Flor

Valter Hugo Mãe inicia atividades na Bienal do Livro do Ceará

Ao lado de uma das curadoras da Bienal, Cleudene Aragão, Valter Hugo Mãe ministrou palestra sobre o tema “Somos todos filhos de mil pessoas e de mil livros” para um público de mais de 500 pessoas ( Foto: Roberta Souza ) Ainda não havia caído à noite quando um dos principais convidados da  XII Bienal Internacional do Livro , o escritor português  Valter Hugo Mãe , começou a caminhar tranquilamente pelos estandes do evento. De chinelos, com uma pequena bolsa a tiracolo, ele cedia a pedidos de fotos, autógrafos e breves conversas com admiradores de sua obra. Em  Fortalez a para três atividades referentes à Bienal, o escritor iniciou os trabalhos ali mesmo, como parte do público geral que visitava o espaço do  Centro de Eventos do Ceará . E, depois, às 20h, ao lado de uma das curadoras da Bienal , Cleudene Aragã o, ministrou palestra sobre o tema “ Somos todos filhos de mil pessoas e de mil livro s” para um público de mais de  500 pessoa s que fez um fila imensa na porta das salas 2

Morre aos 117 anos a pessoa mais velha do mundo

Italiana Emma Morana falece em sua casa na cidade de Verbania, às margens do lago Maggiore, no norte de Itália. Ela era a única pessoa ainda viva a ter nascido no século 19.A italiana Emma Morano, a pessoa mais velha do mundo e a única ainda viva a ter nascido no século 19, morreu neste sábado (15/04), aos 117 anos, em sua casa na cidade de Verbania, às margens do lago Maggiore, no norte de Itália. Em maio do ano passado, aos 116 anos, ela se tornou a pessoa mais velha com idade reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, depois do falecimento da americana Susannah Mushatt Jones, que na ocasião detinha o título e havia nascido quatro meses antes. Emma Martina Luigia Morano nasceu em 29 de novembro de 1899 no município de Civiasco, na região do Piemonte, numa família de pessoas com tradição de serem longevas, já que sua mãe e sua tia superaram os 90 anos e sua irmã Angela chegou aos 100. Ela vivia em Verbania. Quando perguntada sobre o seu segredo para chegar a essa idade,

Violência contra a mulher: o assunto que precisamos discutir

Eduarda Talicy Como numa rede de incômodos coletivos, os recentes casos de violação, agressão, assédio de mulheres que repercutiram no Brasil levantaram discussão acerca da violência de gênero. Nem mesmo a divulgação da lista de abertura de inquéritos do ministro Edson Fachin (STF) arrefeceu o tema. A violência sofrida por Emily dentro do Big Brother Brasil e a expulsão do agressor, Marcos, ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter durante quase toda a semana. Ao mesmo tempo em que apareceram manifestações de machismo, insurge a indignação diante de casos de agressão e coerção de mulheres. “As redes socias potencializam isso. Problemas históricos encontram espaço favorável para serem disseminados. Mas agora todo mundo questiona, fazendo delas ambiente de disseminação de uma cultura contra o estupro e o empoderamento da mulher”, analisa a professora da Uece e pesquisadora do Observatório da Violência contra a Mulher (Observem), Hayeska Barroso. Para ela, casos nacion