Carlos Delano Rebouças* Sei que podem dizer que sou difícil, que sou complicada, que nem todo mundo me entende ou me compreende, ou que me diferencio de tantas outras mundo afora, sem ao menos conhecê-las. Quem dera que me conhecessem de verdade! Tenho certeza de que mudariam esse triste e equivocado pensamento em relação a mim. Faço parte da vida de todos vocês, usuários da língua de Camões! E isso já há muito tempo, séculos, décadas, anos, meses, dias e horas, e instantes nos quais um choro, mesmo sem palavras, ainda inocente, anuncia uma nova vida que o mundo ganha! Um novo praticante nem sempre por escolha, muito mais pelas circunstâncias reservadas pelo acaso, caso acreditem que exista, que é o de nascer em terras onde o português pisou. Sei que vão dizer que não sou universal como a do Tio Sam! Sei que vão assegurar que com ela não chego a lugar algum, contrariando o velho e distorcido dito popular de “Quem tem boca vai a Roma.”, o qual deveria ser vaia, contudo, co
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza