'A véspera', clássico de Ivan Turguêniev, apresenta personagem singular ao abordar o ceticismo e o preconceito com as diferenças. Detalhe de Retrato de Ivan Turguêniev, realizado pelo pintor russo Ilya Repin, também autor da pintura que ilustra a capa do livro (Domínio Público) Por Jacques Fux* Em outubro de 2013, um estudo em neurociência publicado pela prestigiosa revista Science mostrou que os participantes que liam mais “ficção literária” (em detrimento à literatura de “entretenimento” ou de “autoajuda”) desempenhavam um papel melhor nos testes que mediam as suas capacidades de percepção social e empatia. De acordo com o estudo, esses leitores desenvolveram uma eficiência maior na habilidade de compreender o que um outro ser humano estaria pensando e sentindo. Para os autores do artigo, David Comer Kidd e Emanuele Castano, a literatura de “autoajuda” e “entretenimento” retrata situações pouco profundas e tem uma fórmula básica: conduzir os leitores por uma
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza