Pe. Geovane Saraiva* No encontro de Jesus com a samaritana na beira do poço, no capítulo quarto do Evangelho de São João, o evangelista dos símbolos narra em torno de duas coisas: dupla sede e água. Vemos que se inicia na sede e clamor por água, mas que, no decorrer do diálogo, quem pede é quem dá água. A alegoria maior cai em quem tem as condições de tirar água do fundo do cacimbão e acaba manifestando sua sede maior, sede das sedes, indicando que ninguém é só água e muito menos só sede. Todos nós somos constituídos, numa simbiose interativa, além de sede e água, de ar e chuva, de fauna e flora, inseparáveis. Inclusive eu disse alhures: “No mistério do Universo, que os seguidores de Jesus de Nazaré, a partir de seu olhar terno e afável, jamais duvidem de Deus encarnado e revelado no Filho, que quer nosso compromisso, ao dizer não à poluição e à destruição ambiental, protegendo e conservando a vida, no que existe de mais belo e precioso”. Nesse sentido, o encontro da água com a sede,
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza