Padre Geovane Saraiva* No capítulo 6 do Evangelho de São João, já no seu início, vemos o milagre da multiplicação dos pães. Em seguida, na continuação do texto, logo é indicada a revelação do verdadeiro sentido dos sinais divinos do Filho de Deus, contemplando-o como o pão vivo descido do céu e que dá vida ao mundo. Sempre na minha vida de sacerdote, agora rendendo graças ao bom Deus pelos 30 anos (14/08/2018), guardei o inquestionável sentido metafórico do bom pelicano do deserto, jamais me esquecendo do belíssimo comentário de São Jerônimo: “Sou como um pelicano do deserto, aquele pássaro bom que fustiga o peito e alimenta com o próprio sangue os seus filhotes”. Quanta simbologia, manifestada na radical obediência e entrega do Filho de Deus! Essa obediência nos convida, com Ele, a nos configurar, deixando claro que temos de abraçar o indizível mistério, evidentemente numa atitude totalmente solidária, deixando-nos conduzir pelo Espírito de Deus, a apontar o caminho da glória
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza