Padre Geovane Saraiva* Outrora Deus, para tirar o povo eleito do jugo da escravidão do Egito, multiplicou os prodígios, prometendo-lhe novos e maiores favores. A promessa de Deus, que não é imaginária nem ilusória, se repete, desmedidamente, na retirada do seu povo do exílio da Babilônia. Animando-o como sonho da esperança, liberta-o, como na voz do profeta Isaías: “Eis que farei coisas novas, e que já estão surgindo. Vou abrir uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca; vou saciar a sede dos meus escolhidos” (cf. Is 43, 19-20). Palmilhando todas as vicissitudes da história de Israel, fica claro que a profecia ilumina o futuro messiânico, do qual Deus nos faz o novo povo de Israel, a Igreja, uma realidade aos olhos da fé absolutamente nova. Tal imagem é ilustrada no concreto episódio sagrado da mulher adúltera, que foi levada a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que fosse julgada. Esse julgamento foi antecedido de um profundo silêncio, seguindo-se da expectativa
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza