GUILLERMO ALTARES Banheiro de uma casa de Isernhagen (Alemanha) decorada para o Halloween. HAUKE-CHRISTIAN DITTRICH ( AFP) Há poucos seres tão terrenos como os fantasmas: aparecem em todas as culturas e são quase tão antigos como a própria civilização, porque refletem o medo da morte, mas também a esperança de que haja algo no além e que possamos nos comunicar com quem já partiu. Agora que celebramos a Noite de Todos os Santos – a qual mandamos às favas por causa do Halloween , uma festa que se impõe com cada vez mais força –, é um bom momento para recordar que os fantasmas são criaturas tangíveis, terrenas e políticas. Uma das maiores crises que os fantasmas já viveram em sua história demonstra até que ponto seus destinos estão ligados aos nossos. Como explica Susan Owens em The Ghost: A Cultural History (“fantasmas: uma história cultural”), recém-lançado no Reino Unido, durante a Idade Média a principal teoria para explicar a presença de espectros entre nós era
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza