Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 16, 2020

A luta de um povo

Carambaia publica 'Senhores do orvalho', obra de Jacques Roumain que evoca elementos fundamentais do cotidiano do povo haitiano negro na luta por sobrevivência Lançado originalmente em 1944,  Senhores do orvalho  (Carambaia, 240 pp, R$ 79,90 – Trad.: Monica Stahel), de Jacques Roumain, é uma das obras fundadoras da literatura haitiana, tematizando os elementos fundamentais do cotidiano do povo negro em sua luta por sobrevivência. O romance tem como protagonista Manuel, que volta para seu povoado no Haiti depois de 15 anos vivendo em Cuba como cortador de cana. Ao retornar, a paisagem que encontra em Fonds Rouge não é a mesma: após décadas de desmatamento, a terra está seca, as fontes de água desapareceram, e a população padece da miséria e da fome. Além disso, uma briga entre famílias locais criou uma rivalidade incontornável, e os moradores, que sempre trabalharam a terra coletivamente, com a tradicional coumbite, estavam desunidos. É nesse contexto que Manuel surge co

Uma vida marcada por experiências contraditórias

José Olympio publica ‘Homem invisível’, clássico da literatura afro-americano em edição ampliada Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama, um dos romances seminais do cânone afro-americano e que resume a experiência de ser negro nos EUA,  Homem invisível  (José Olympio, 574 pp, R$ 64,90 – Trad.: Mauro Gama), de Ralph Ellison, narra a história de um jovem negro que sai do Sul racista e vai para o Harlem, em Nova York, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e também para negros, ele deseja apenas ser como é. Essa edição ampliada tem texto de orelha assinado por Luiz Mauricio Azevedo e prefácio de Gabriel Trigueiro, especialistas na obra de Ellison. Via  PUBLISHNEWS

Educativo Flip inicia crowfunding para garantir continuidade do projeto

Programa conta com uma biblioteca, mediação de leitura, doação de livros, atividades recorrentes da Flipinha e FlipZona e apoio pedagógico. Campanha pretende ajudar a garantir uma programação constante até março de 2021. Além do evento que acontece uma vez por ano, a Flip mantém permanentemente em Paraty, o seu Programa Educativo, dirigido por Belita Cermelli. Um dos pilares que garantem o funcionamento da Festa Literária Internacional de Paraty, o projeto tem o objetivo de promover a inclusão comunitária e o diálogo intercultural por meio das artes e da literatura. O Programa realiza atividades na Biblioteca Comunitária Casa Azul, em ambiente digital, doações de livros e ações em parceria com a Secretaria de Educação. De março a agosto, com as crianças e jovens em casa cumprindo o isolamento social, o Educativo Flip distribuiu 11 mil livros às comunidades, além de cestas básicas e kits de higiene para 239 famílias. Ao todo, desde 2003, já foram doados mais de 40 mil livros e

Vendas de livros crescem durante pandemia e autores sentem diferença

Apesar da alta crise financeira, mercado editorial cresceu nos últimos meses e autores nacionais relataram suas experiências com a situação Devido a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), alguns brasileiros buscaram se entreter dentro de casa por meio dos livros — seja ele físico ou digital. Felizmente esse interesse gerou o crescimento de 6,4% nas vendas de livros no país em relação ao período anterior, entre junho e o início de julho. Alguns autores nacionais foram atingidos por esses números e outros estão esperançosos que a busca pela literatura continue crescendo cada vez mais, até mesmo após a pandemia. Segundo uma pesquisa feita pela  Nielsen  em parceria com o  Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) , é possível notar o crescimento do mercado do editorial após a pandemia. Os dados mostram que entre 18 de maio a 14 de junho, o setor livreiro teve seu faturamento de 109 milhões e um crescimento de 31% com relação ao mês anterior. O jovem autor brasiliense,  F

“20 Horas de Literatura” discute o respeito às diferenças nesta quarta-feira, 16

  Fundação do Livro de Ribeirão Preto realiza evento on-line até sexta, 18, das 18 às 22h, para comemorar os 20 anos da Feira Internacional do Livro da cidade (FIL) A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto ,  em parceria com o Sesc e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, realiza até sexta-feira, 18, o evento  “20 Horas de Literatura” , em comemoração aos 20 anos da Feira Internacional da cidade (FIL). O encontro é transmitido ao vivo direto do Theatro Pedro II – pela nova plataforma da entidade:  www.fundacaodolivroeleiturarp.com  e contará nesta quarta-feira, 16, terceiro dia de evento, com a participação dos palestrantes Diego Souza Merigueti, Patricia Teixeira Santos, Renato Janine Ribeiro e Sandra Molina que abordarão assuntos fortemente relacionados à tolerância e ao acolhimento das diferenças. O advogado e coordenador do Programa de Proteção Legal do Centro de Referência para Refugiados da Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP),  Diego Souza Merigueti , é quem abre

História mal contada

  Impacto das novas tecnologias eletrônicas inaugurou a 'Era dos Conflitos Culturais' Impacto das novas tecnologias eletrônicas inaugurou a 'Era dos Conflitos Culturais' (Pixabay) Reinaldo Lobo* A teoria é simples: o impacto das novas tecnologias eletrônicas e a mundialização das comunicações provocou uma mutação profunda nas sociedades e decretou o fim dos embates sociais e inaugurou a "Era dos Conflitos Culturais". Alguns sociólogos, historiadores e filósofos "pós-modernos" declararam o "fim da História", mas não apenas isso. Procuraram demonstrar a impossibilidade de pensar a História e a sociedade com conceitos políticos e econômicos, como se fazia nos últimos dois séculos. A temática e os instrumentos para estudar o assunto, dizem eles, são as diferenças culturais, as religiões e as questões das minorias. Em parte, eles têm razão. A chamada sociedade industrial clássica não existe do mesmo modo. O panorama de fábricas com as chaminés f