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Mostrando postagens de abril 3, 2019

Tortura: reflexão e silêncio

Padre Geovane Saraiva* A imagem de Deus, radicalmente estampada na face da criatura humana, é sempre única. É a partir da afirmação do Livro Sagrado, segundo a qual Deus enxugará as lágrimas de todas as faces, que pensamos, reflexivos, nos desaparecidos do golpe de 64, ao percorrerem um lúgubre caminho, e não mais retornaram. Transformaram-se em sombras, as quais escureceram sempre mais, sem nunca mais brilhar, longe de toda e qualquer luminosidade. Nada mais obscuro e tenebroso. Temos a advertência, nas palavras de um general, ao discordar da nefasta atividade executada: “Quem pratica tal ação transforma-se, diante do efeito da desmoralização infligida. Quem repete a tortura quatro ou mais vezes se banaliza, sente grande prazer físico e psíquico que é capaz de torturar até pessoas mais delicadas da própria família” (cf. Brasil: Nunca Mais). Não há ninguém na face da terra em sã consciência que consiga descrever o grito inumano do monstruoso, quão inominável procedimento.

Exposição traz obras raras de escritoras brasileiras

A 'Exposição: Pioneiras - Autoras Mulheres no Acervo de Raridades' está em cartaz na Biblioteca Mário de Andrade Cecília Meireles é uma das autoras em destaque na exposição Pioneiras, na Biblioteca Mário de Andrade Foto: Proprietários dos direitos de imagem de Cecília Meireles Um debate com o escritor Luiz Ruffato e Constância Lima Duarte, pós-doutora em literatura e feminismo no Brasil, marcou, na terça, 2, a abertura da "Exposição: Pioneiras - Autoras Mulheres no Acervo de Raridades", na Biblioteca Mário de Andrade. A curadoria é de Rízio Bruno Sant'ana e Joana Moreno de Andrade e serão exibidos livros, manuscritos e poemas do acervo de obras raras da biblioteca. Ao todo, serão expostas 50 obras escritas entre 1754 e 1933 por Teresa Orta, a primeira autora nascida no Brasil a publicar um livro (em 1790), Nísia Floresta, primeira autora feminista, Gilka Machado, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles e Pagu - dela, será apresentado Parque Industrial, seu

Dia do Livro Infantil: escritor premiado fala sobre literatura no interior de SP

Com 22 livros publicados, escritor de Alumínio (SP), de 26 anos, explica a importância da literatura para crianças. Por Ana Beatriz Serafim*, G1 Sorocaba e Jundiaí De repente, o ventilador de teto vira uma hélice de helicóptero que sobrevoa um mundo encantado ou um poste de luz passa a ser um extraterrestre disfarçado, pronto para atacar. Da imaginação de João Paulo Hergesel histórias diversas se materializaram em 22 livros já publicados. O escritor de 26 anos mora em Alumínio (SP) e é formado em licenciatura em letras, tem mestrado em comunicação e cultura e atualmente faz doutorado em comunicação. No Dia do Livro Infantil, comemorado em 2 de abril, João Paulo conta ao  G1  sobre a carreira e revela que era a criança que gostava de inventar histórias. “Eu olhava para as coisas e acreditava que elas eram mais do que aparentavam ser. Lembro que, no passado, eu imaginava diálogos entre a porta e a janela do meu quarto, sugeria ações humanas para os brinquedos, entre o

Revólver usado por Van Gogh em suicídio será leiloado

Valor estimado para a arma chega a R$ 260 mil Arma Lefaucheux, de calibre 7 mm foi descoberta em 1965 por um agricultor O revólver supostamente utilizado por Vincent Van Gogh para o seu suicídio, desconhecido do público até 2012, será leiloado no dia 19 de junho, em Paris, informou nesta terça-feira o Hôtel Drouot, onde a venda ocorrerá em Paris. A arma Lefaucheux, de calibre 7 mm e cujo valor é estimado entre 40.000 e 60.000 euros (R$ 260 mil), foi descoberta em 1965 por um agricultor no mesmo campo onde o artista holandês terminou seus dias em 27 de julho de 1890, em Auvers-sur-Oise, ao norte de Paris. Van Gogh disparou uma bala contra o peito e morreu dois dias depois no albergue onde se instalara.  Após a descoberta, o agricultor entregou o revólver - seriamente danificado - a Arthur Ravoux, proprietário do albergue, e desde então permaneceu na família, segundo a casa de leilões Auction Art.  Foi apresentado publicamente pela primeira vez em 2012 com o lançamento

Casa do Rio Vermelho, em Salvador, preserva a história de Jorge Amado

Por  Ana Beatriz Farias  ,  beatriz.farias@tvdiario.tv.br   A morada que acolheu o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, por mais de 40 anos, atualmente funciona como casa-museu, localizada no bairro Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia Tão logo cheguei a Rua Alagoinhas, no bairro Rio Vermelho, em Salvador, tive a sensação de estar em casa. Isso num lugar que seria novo aos meus olhos, não fossem as pesquisas que realizei antes da viagem. A viela por onde passam os carros é estreita e as construções simples e encantadoras. Não sei se o colorido dos muros ao redor ou o charmoso sobe desce das ladeiras, mas algo - talvez o conjunto de características da pacata Alagoinhas - acolhe de imediato quem chega como um sonoro "seja bem-vindo". Quando alcancei o número 33 da rua, o muro de pedras com uma grande fachada azul anunciou: essa é a Casa do Rio Vermelho, em que viveram os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai. A recepção poderia ser a entrada de qualquer ou