Padre Geovane Saraiva*
A imagem de Deus, radicalmente estampada na face da criatura humana, é sempre única. É a partir da afirmação do Livro Sagrado, segundo a qual Deus enxugará as lágrimas de todas as faces, que pensamos, reflexivos, nos desaparecidos do golpe de 64, ao percorrerem um lúgubre caminho, e não mais retornaram. Transformaram-se em sombras, as quais escureceram sempre mais, sem nunca mais brilhar, longe de toda e qualquer luminosidade.
Como Igreja, na fidelidade ao seu fundador - de sempre mais zelar pelo dom da vida -, compartilhamos, solidários, os mesmos sentimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que “passou pela terra fazendo o bem”, foi perseguido, torturado e morreu crucificado. Mas, ao ressuscitar, deu-nos a missão de contribuir com seu reino, no compromisso do verdadeiro amor: justiça, liberdade e paz. Ele, que “reconciliou o mundo consigo”, no seu amor inefável, na total divergência dos torturadores, quer constantemente enaltecer o ser humano de dignidade, a ponto de ele se enamorar. Amém!
*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
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