Quem escreve livros desse gênero está fazendo uma espécie de acerto de contas terrivelmente pessoal. Por Objetivo Sorocaba É comum ficarmos aborrecidos com quem fala muito de si. Nessas oportunidades, somos testemunhas de um desfile de elogios que a pessoa faz a ela mesma. A sabedoria popular sempre condenou quem advoga em causa própria. Mas tudo muda quando a pessoa que resolve se abrir escreve muito bem. O resultado dessas confissões: a prosa autobiográfica. Os melhores livros desse gênero costumam ser implacáveis. Quem os escreve está fazendo uma espécie de acerto de contas terrivelmente pessoal. Nesses casos, a crueldade anda de mãos dadas com o humor. Não deixam de ser exemplos de sabedoria: quem tem a capacidade de rir de si mesmo subiu alguns preciosos degraus rumo à sanidade mental. Seguem alguns dos melhores exemplos da literatura autobiográfica: “Sete anos bons”, de Etgar Keret Relato dos sete anos em que o autor, um dos melhores d
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza