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Mostrando postagens de março 5, 2021

A Cidade de Deus de Santo Agostinho

  Padre Geovane Saraiva* O grande Santo Agostinho, no seu rigor espiritual e intelectual, ao compreender e externar o projeto das duas cidades, num coração em chamas, voltado, evidentemente, ao absoluto ou às alturas, estabelece a base de sua reflexão, a partir da invasão e saque da cidade de Roma, em 410, por Alarico, rei dos visigodos. Agostinho, abrasado de zelo na sua compulsão pela glória futura, toma a decisão de produzir a obra imortal “A Cidade de Deus”,  de Civitate Dei , a ponto de ecoar por todo o mundo civilizado, indo ao encontro da humanidade, nos seus mais elevados sentimentos, contrariando asneiras, crueldades e blasfêmias do então rei Alarico. Para quem deseja atravessar o mar da existência, segundo Agostinho, urge que se tenha por braços a cruz de Jesus Cristo. Ele, ao constatar um Império Romano em conflitos e ruínas, desenvolve o conceito da construção da “Cidade de Deus”, paradoxal à cidade terrena. Na sua concepção grandíssima, ultrapassa todo e qualquer parâmetro