TRÊS MOTIVOS pessoais também concorrem para nunca vir a deixar de escrever. APRENDI COM o Cardeal Mercier, primaz da Bélgica, de santa memória, quando eu ainda era estudante de teologia, que a única maneira de meditar, para o homem moderno, o padre em particular, é escrever. As ocupações e as dificuldades do apostolado tomam-nos a mente e o coração de tal forma que nos deixam incapazes de recolhimento, se não lançamos mão desta poderosa arma de concentração. O conselho do velho mestre serviu-me até hoje. A OUTRA razão vem-me da experiência. Escrevendo redimo-me de toda e qualquer preocupação amoladora. Supero toda e qualquer tristeza. Alimento-me, conservo o bom humor e o otimismo. Não perco a esperança em nenhuma emergência. Sinto-me dono de mim mesmo. Dou a mais eficaz rasteira no desânimo e caminho para a frente. OS ABORRECIMENTOS já se constituíram hábito em minha vida, prestam-me excelente serviço, concentram-me, impelem-me para a meditação e eu as escrevo, bendizendo
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza