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Mostrando postagens de junho 8, 2020

Dom Helder: farol luminoso

Padre Geovane Saraiva* Geovane com Dom Helder Câmara,  Catedral de Brasília em 1980, 1ª visita de João Paulo II ao Brasil Como é maravilhoso contemplar a bondade de Deus, na supremacia do amor, que nos comunica a vida de um modo elevado e pleno, num gesto extremamente amoroso e compassivo em favor da humanidade, como na augusta angústia: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice”, assemelhando-se ao “Não consigo respirar”! A festa do amor – dom para a humanidade –, no mistério da Santíssima Trindade, nos ajuda a compreender o fundamento da esperança, no vigoroso ânimo de que a caminhada de fé dos seguidores de Jesus de Nazaré pede uma resposta, no mistério da acolhida do Pai, ao enviar o Filho, e promete o Espírito, compartilhando o compromisso de animar e recobrar a vida da comunidade de fé com todos. No decorrer de quase duas décadas tenho falado e descrito sobre Dom Helder, sempre nas celebrações eucarísticas, valendo-me também das redes sociais e do “podcast”, certo de

Uma nova Chapeuzinho Vermelho

História da menina que vai levar doces para a avó ganhou uma nova adaptação, publicada pela Mazza Edições Como a magia dos clássicos não tem fronteiras, nos sonhos de meninas e meninos brasileiros os personagens têm suas feições e habitam o cotidiano. Foi assim com Chapeuzinho Vermelho, menina que morava com a mãe numa aldeia de casas flutuantes, às margens do rio Negro, na Amazônia. Ao levar uma cesta com tacacá e frutas da região para a avó doente, Chapeuzinho conversa com um boto-cor-de-rosa, fica distraída com as belezas da floresta e tem uma grande surpresa quando chega no seu destino.  Chapeuzinho Vermelho e o Boto-cor-de-rosa  (Mazza Edições, 24 pp, R$ 35) foi escrito por Cristina Agostinho e Ronaldo Simões Coelho. As ilustrações ficaram por conta de Walter Lara. Via Publishnews 

Contos do isolamento

Planeta lança coleção de e-books reunindo contos de autores como Matheus Rocha, Bruno Fontes e Raquel Segal Apostando nos  instant books , termo usado para definir obras que se caracterizam pela agilidade na produção, justamente por trazerem reflexões de episódios atuais ou da história recente, a Editora Planta lançou os primeiros títulos da coleção  Pela janela de casa , que reúne contos de autores da casa exclusivamente no formato digital. Conhecidos em sua maioria por suas crônicas que abordam temas como amor-próprio, relacionamentos, solidão e saúde mental, os autores dedicam-se, na coleção, a textos ficcionais sobre o período de distanciamento social, que surgiram de suas observações, sensações e reflexões. Os títulos, que já estão disponíveis em todas as plataformas pelo valor de R$ 9,90, são:  O cuidador de pássaros , de Matheus Rocha,  Dono do tempo , de Bruno Fontes, e  Pela janela , de Raquel Segal. Nomes como Paola Aleksandra, Daniel Bovolento, Victor Fernandes, Gisel

Livro de García Márquez revela devoção à imprensa

Nobel de literatura desejava ser lembrado como jornalista Primogênito de uma família de 11 filhos, o escritor Gabriel García Márquez (1927-2014) era, entre todos, o menos loquaz - enquanto os demais se expressavam com facilidade, Gabo, como era conhecido, preferia escutar e sorrir. "Mas, quando ele falava, era o momento de todos ouvirem com atenção porque Gabriel resumia em três palavras o que nós diríamos em mil", relembrou, certa vez, Jaime, o irmão caçula. "Ele gostava mesmo era de escrever: por meio de seus livros, Gabriel passava um entendimento do mundo e dos sentimentos que lhe colocavam como um verdadeiro gênio." E, se a consagração internacional (além do prêmio Nobel de Literatura de 1982) foi conquistada pelo valor de sua literatura, García Márquez se dizia, acima de tudo, um jornalista. "Não quero ser lembrado pelo romance Cem Anos de Solidão, nem pelo Nobel, mas pelo jornalismo", dizia ele, que entendia tal atividade como "uma necessi

Depois de reagir a racismo, garoto vira 'guia' literário

 Baiano Adriel Bispo, de 12 anos, se surpreende com explosão de seguidores no Instagram e pedido de indicações sobre livros Por  Frederico Gandra* Poucos dias depois de viralizar na internet ao reagir dura, mas polidamente, a um insulto  racista , o pequeno baiano Adriel Bispo de Souza, de 12 anos, ainda se surpreende com os efeitos de sua atitude. Mais do que saltar de raros para mais de 800 mil seguidores em seu perfil no Instagram dedicado à literatura, ele tem visto muitos adolescentes reforçando a prática da leitura, além de amigos e vizinhos de Salvador, onde mora, pedirem indicações de livros. “Disseram que queriam algum livro  emprestado  para poder ler”, conta. O marco em sua inserção virtual ocorreu em 27 de maio, quando foi ofendido em uma  postagem . “Porco gordo. Eu achava que preto era pra ta cavando mina não lendo”, dizia o comentário. “Para de ser trouxa e volta para sua realidade de merda. Você foi criado para ser pobre e preto”, acrescentou o perfil nã

Vidas Negras Importam

Movida por protestos, Pastoral Afro-Brasileira divulga Nota: Vidas Negras Importam  05/06/2020  Afro-Brasileira Movida pela onda de protestos contra o racismo e a violência policial nos EUA, nos últimos 10 dias, em função do assassinato de George Floyd, a Pastoral Afro-Brasileira, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  emitiu uma nota “Vidas Negras Importam”.   Segundo a Nota, “trata-se de um clamor que brota de diferentes vozes, afirmando que ‘vidas negras importam sim’, e não podem ser exterminadas de forma brutal e covarde pelas forças policiais”. No documento, a Pastoral Afro-Brasileira afirma não ser possível calar-se diante dos processos históricos de banalização e destruição das vidas dos negros e negras.  Conheça, abaixo, a íntegra da nota: “Vidas Negras Importam” abaixo. Nota da Pastoral Afro-Brasileira “Vidas negras importam” A Pastoral Afro-Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vem, por meio desta nota, pronu

DONA JUSTA, CADÊ VOCÊ?

Por Carlos Delano Rebouças* Sempre nos lembramos da Dona Justa, pois, a cada momento, a sociedade nos oferece razões para que essa velha senhora, que nasceu, antes mesmo da humanidade ser constituída, venha a nossa lembrança. Dona Justa já está bem velhinha...! Bem velhinha mesmo! Mas vem sofrendo tanto com as atitudes de quem insiste em contrariá-la... Dona Justa, como gosta de ser tratada, espera que seja honrada, sempre, por todos nós, independentemente da cor, raça, etnia, religião e da condição econômica e social, ou seja, ninguém deve se achar acima dela ou isenta do seu puxão de orelhas. Todavia, nem sempre nos comportamos dignamente com ela, e como contrariamos essa velha senhora! Um dia, vi nas redes sociais um homem que, do nada, agrediu uma pequenina criança na rua. Um espancamento gratuito e injustificável! Absurdamente inaceitável aos olhos de tantos espectadores temerosos, quem sabe, perplexos e impotentes, que sentiam naquele momento a ausência de Dona