Nessa era em que há tanta comunicação, Moram as falas que ficam num surdo grito aos ouvidos humanos. Num deslizar por teclas e imagens, se veem as pessoas sem tocar a alma humana... Imensuráveis chances para falar com alguém do outro lado, Mas, infelizmente, nunca as pessoas estiveram tão sozinhas, tão envolvidas em seus próprios casulos... Procuram apenas construir patrimônios, mas faltam-lhes a vontade de formar sonhos... Têm herdeiros, mas não filhos... Possuem casas, não lares! O mundo tão repleto de barulho, mas elas tão caladas em seu mero egoísmo A sala de estar tão impecavelmente arrumada, mas o quarto tão repleto do vazio de amor Muitos corpos que se desnudam para se entregar Em momentos de tão pouca sintonia Infinitos olhares para se lançar, mas só se enxerga dor A vida imensamente à sua frente, no entanto o coração farto de tanto passado Tantos beijos para ofertar em meio a procrastinação em dizer que quer Imensuráveis abraços para receber - tanta frieza qu
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza