Prof. Marcus Fernandes* João Pessoa, capital do estado da Paraíba. A cidade é escura por ser coberta por uma arborização nativa que invade as suas ruas, praças e bosque. Os seus mares são mansos e calmos e aconchegam as ondas plácidas do oceano atlântico que se debruça sobre as areias brancas de um imenso e sinuoso litoral. Lá, se respira o ar de um clima ameno e saudável. Suas ladeiras serpenteiam entre ruas estreitas que mal acomodam seus transeuntes. São atapetadas por um calçamento tosco, bruto e informe. É uma cidade onde reside um povo bravo, mas hospitaleiro e que sabe amar e receber o seu próximo e o forasteiro. Ah! Terra pequenina. Berço que acalantou tantos homens cultos, vibrantes e arrebatados oradores atenienses e poetas camonianos. Era um dia chuvoso do mês de São João. Á tardinha, as fogueiras ardiam de fronte ás casas da Rua Barão da Passagem, crepitando folhas e madeiras secas de imensos toros de seculares mangueiras. No meio de um chuvisco, o anoitecer
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza