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Mostrando postagens de agosto 7, 2018

Antologia de contos reúne grandes nomes da literatura e tem como tema o sobrenatural

Virginia Woolf: entre os autores reunidos no livro de contos de assombração Tudo do que a gente duvida da existência acaba por ganhar mais formas de existir. O diabo, por exemplo, pode surgir por aí cheio de disfarces: travestido no corpo de um homem respeitável; muito alto, com olhos admiráveis; na aparência de um lenhador, no meio do pântano; ou então como um ser repugnante, entediado e de ombros peludos. Acontece até mesmo de o diabo não ser chamado por seus nomes mais conhecidos, nem ser tão maligno quanto imaginamos: um "Espírito da Vida" que aparece para mostrar o que acontece após a morte.  Rumores, ruídos, sons que não sabemos identificar na treva do quarto antes de dormir; um cachorro invisível que só se manifesta quando as luzes se apagam e ninguém consegue ver mais nada.   "Contos de Assombro" faz um apanhado das formas possíveis que esses seres de existência duvidosa assumem pelo mundo. Mais do que um livro de gênero que traz clássicos como E

Festival traz escritores para debater a literatura contemporânea

SMCS Verônica Stigger (Foto: Divulgação) O Litercultura – Festival Literário de Curitiba começa nesta segunda-feira (6/8), na Capela Santa Maria. Este ano o festival chega à sexta edição com o tema “Literatura: lugar de escuta”. Com direção-geral de Manoela Leão e curadoria de Manuel da Costa Pinto, o Litercultura será feito até sexta-feira, dia 10 de agosto. O festival traz uma jornada de cinco apresentações, sempre a partir das 19h30, com a presença de um autor convidado e um mediador. São eles: Veronica Stigger (mediação de Josiane Orvatich); Cristovão Tezza (mediação de Christian Schwartz), Ana Maria Gonçalves (mediação de Benedito Costa), João Silvério Trevisan (mediação de Yuri Al'Hanati) e Noemi Jaffe (mediação de Luís Henrique Pellanda). O Litercultura é um evento gratuito. Os ingressos antecipados já podem ser retirados das 9h às 12h e 14h às 17h30, na Capela Santa Maria. O evento limita a retirada de um par de ingressos por sessão. A cada noite, um autor dis

Filme inspirado em canção de Belchior tem exibição gratuita no Cineteatro São Luiz

Um filme inspirado em uma canção do cearense Belchior será exibido na sexta-feira (10), às 19h30, no Cineteatro São Luiz, no Centro de Fortaleza. O curta “Capitais” foi desenvolvido no Curso Básico de Audiovisual do Porto Iracema das Artes, em 2017. A exibição faz parte da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-Metragem do  28º Cine Ceará  – Festival Ibero-americano de Cinema. O filme é dirigido pelos ex-alunos do Porto, Kamilla Medeiros e Arthur Gadelha. A ideia inicial do curta surgiu já na seleção do Curso de Roteiro de Curta-metragens, ministrado pelo diretor e roteirista Marcelo Müller, nas férias de julho de 2017. A formação tinha como tema as canções do cantor cearense Belchior, falecido em abril daquele ano. Na prova de seleção para o curso de férias, os candidatos tinham de escrever um texto com base em algum trecho da canção  “Alucinação” , um clássico do disco de mesmo nome lançado em 1976.  Os dois escreveram suas propostas com base no verso  “uma mulher sozinha”

Juliana Borges lança livro sobre o encarceramento da população negra

A autora e pesquisadora Juliana Borges: “É uma disputa de narrativa, ou seja, uma disputa de projeto, de que tipo de País queremos”, destaca Mais da metade dos presos no sistema penitenciário nacional são negros – os dados de 2017 do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen) apontam mais precisamente para 64% da população carcerária brasileira. A punição em condições extremas e uma taxa de ocupação dos presídios que ultrapassa e muito a capacidade desses equipamentos aponta para um questionamento: “O que é encarceramento em massa?”. É isso que a escritora e pesquisadora Juliana Borges propõe-se a responder em seu livro, a ser lançado hoje (7) em Fortaleza, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará – Adufc.  Mulher negra periférica, nascida, criada e que ainda vive na zona sul de São Paulo, os temas violência e segurança pública perpassam o ativismo e a trajetória de vida da autora desde sempre. Assim, muitos dos dados, teses,

Livro fala sobre a disputa de facções criminosas no País

Fosse uma empresa, o PCC representaria para o mundo do crime o que a Apple é para o da tecnologia: inovação e ruptura. Se não chega a traçar esse paralelo, o livro A guerra (Todavia), dos pesquisadores Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, passa bem perto. Ao revelar como a facção paulista partiu do caos das disputas territoriais para a consolidação como uma força expansionista no comércio da droga no Brasil, a obra sugere que o PCC implantou uma revolução ideológica e comercial no mundo do crime. Relato da conversão do Primeiro Comando da Capital no maior grupo criminoso do País, o livro recém-lançado revela como a facção impôs, a custo de chacinas e barbárie, essa nova ordem aos negócios da droga em território nacional. Ampla pesquisa conduzida pelos dois autores, a obra também analisa o crescimento vertiginoso da rede de telefonia móvel como componente crucial para a fixação das bases do que depois se tornaria o PCC. “Nesse movimento”, escrevem Manso e Camila, “as prisõ