Crítica literária nunca fui, tampouco pretendo vir a ser. Sou apenas uma leitora inveterada e apaixonada que não se contém quando lê um livro que adora, e por isso mesmo deseja compartilhar seu encanto com outras pessoas. Os Acangapebas, que em tupi-guarani significa “cabeça-chata”, de autoria de Raymundo Netto, é justamente o tipo de livro que merece ser compartilhado. O autor possui um estilo bem original; brinca com as palavras com elegância associada a uma leveza impressionante, capaz de inserir o leitor dentro de cada narrativa como se fora um protagonista. E então nos encontramos e nos perdemos em cada personagem; em cada cena, tão nítida em nossa imaginação que parecemos vivenciá-la; nos mais variados enredos cotidianos com desfechos surpreendentes; ao final, constatamos: a vida é realmente assim. O pescador orgulhoso pelo filho escolher seguir sua profissão (Luzeiros); Cícera, a mulher que perdeu sua identidade com o casamento e não mais se reconhece (Álbum de F
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza