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Mostrando postagens de setembro 15, 2020

OS ACANGAPEBAS

Crítica literária nunca fui, tampouco pretendo vir a ser. Sou apenas uma leitora inveterada e apaixonada que não se contém quando lê um livro que adora, e por isso mesmo deseja compartilhar seu encanto com outras pessoas. Os Acangapebas, que em tupi-guarani significa “cabeça-chata”, de autoria de Raymundo Netto, é justamente o tipo de livro que merece ser compartilhado. O autor possui um estilo bem original; brinca com as palavras com elegância associada a uma leveza impressionante, capaz de inserir o leitor dentro de cada narrativa como se fora um protagonista. E então nos encontramos e nos perdemos em cada personagem; em cada cena, tão nítida em nossa imaginação que parecemos vivenciá-la; nos mais variados enredos cotidianos com desfechos surpreendentes; ao final, constatamos: a vida é realmente assim. O pescador orgulhoso pelo filho escolher seguir sua profissão (Luzeiros); Cícera, a mulher que perdeu sua identidade com o casamento e não mais se reconhece (Álbum de F

Museus-Casas Literários de SP com inscrições abertas para programação de setembro

  Programação inclui palestras, cursos e oficinas dedicadas à literatura A Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo está com as inscrições abertas para a sua programação do mês de setembro. No dia 23, às 19h, o escritor e professor Flávio Ricardo Vassoler conduzirá a palestra  O confinamento pandêmico e o interesse por literatura e filosofia . A aula será transmitida pelo  Facebook  da Casa Guilherme de Almeida. No dia 25, Marcelo Tápia, diretor da Rede de Museus-Casas Literários, buscará expor experiências anteriores e atuais da Casa Guilherme de Almeida, Casa das Rosas e Casa Mário de Andrade na palestra  Museu, templo das musas . As inscrições ficam abertas até o dia do evento,  neste link . E no dia 26, acontece mais uma edição do Clube de Leitura Mario de Andrade, que dá aos participantes a oportunidade de conhecer a tradição do cordel, gênero literário que foi reconhecido, em 2018, como patrimônio imaterial pelo IPHAN. Nesta edição, a convidada será a cordelista e contadora C

Lígia Oizumi conta em livro como superou a depressão e encontrou a felicidade

Aos 36 anos, Lígia Oizumi tem muita história para contar, desde as aventuras pelo mundo, do Japão ao Nepal, até a vida que construiu em Nova York, nos Estados Unidos. Porém, de todas as experiências que viveu ao longo dos últimos anos, nada se compara à jornada que travou dentro de si.   Mais uma sobrevivente da depressão, considerada a doença do século, Lígia também precisou tratar a ansiedade e o perfeccionismo, que de qualidade passou a ser um peso difícil de carregar.  Toda essa jornada inspirou a administradora de empresas a escrever o livro “Felicidade na Prática”, publicado pela editora Gênio Criador. O processo de criação da obra levou dois anos e acompanhou as várias mudanças que surgiram ao longo do caminho na vida da campo-grandense, com direito a um conto de fadas moderno e à maternidade do pequeno Luka.  “O desejo de escrever o livro surgiu quando eu retornei a Nova York, já ao lado do Alex e após a nossa decisão de casar.  Tudo o que eu tinha vivenciado desde

O primeiro dia e o próximo beijo

  Celebrando 70 anos da TV brasileira Beijo de Helena e Edu, em 'Laços de Família' (2000) (Reprodução TV Globo) Alexis Parrot* Em 18 de setembro de 1950, uma segunda-feira, impulsionada pelo empreendedorismo de Assis Chateaubriand e sob as bênçãos de Santa Clara, sua padroeira, nascia a nossa televisão. A data marca a inauguração da  TV Tupi , canal 3 de São Paulo, e a primeira transmissão de TV da América do Sul.    A estreia seria feita com três câmeras, mas uma pifou a poucas horas do início da transmissão. O que se viu, então, foi uma frenética remarcação de tudo que havia sido ensaiado, obrigando Cassiano Gabus Mendes - o diretor artístico da noite - a abusar de seus poderes de improvisação e criatividade para não deixar a festa melar. E não melou. (methodshop / Pixabay) Sintonizados no acontecimento, duzentos aparelhos de TV importados por Chatô, instalados em pontos públicos da capital de São Paulo. Após atraso de uma hora, por volta das dez da noite, o pontapé inicial d