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Mostrando postagens de agosto 12, 2020

A arte de editar livros

  Mistura de manifesto e livro de memórias, Roberto Calasso escreve sobre a arte de editar livros e faz um panorama da literatura do século XX a partir de autores que o marcaram Em uma época de nivelamento das categorias, de fácil acesso a uma suposta biblioteca universal digitalizada (de fato, fragmentária e caótica), o editor tende a ser visto como um intermediário desnecessário entre o escritor e o leitor. Em  A marca do editor  (Âyiné, 170 pp, R$ 59,90 – Trad.: Pedro Fonseca), Roberto Calasso, à frente da Adelphi Edizioni (Milão) há quase meio século, rebate ponto a ponto esse e outros graves erros dos paladinos do imediatismo, da velocidade e do desempenho financeiro como categorias absolutas. Contra a ideia daqueles que querem encarar a edição como uma indústria qualquer, o livro mostra, tanto com fineza quanto com contundência, a importância do editor que defende e cultiva sua marca. O mercado editorial como um todo também é assunto do livro. Calasso faz uma reflexão sobre vária

O espaço na literatura moçambicana

  Publicado pela Kapulana, livro oferece dados sobre a singularidade da escrita moçambicana e sobre a sua pluralidade interna Em  O campo literário moçambicano  (Kapulana, 192 pp, R$ 42,90), Nazir Ahmed Can, professor de Literaturas Africanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, examina os pactos e os impactos do espaço na literatura moçambicana. Refletindo sobre as diferentes formas de tradução das geografias de predileção (os mundos rurais, a Ilha de Moçambique, os territórios do Oriente, a capital Maputo, o universo periurbano) e de mediação com o espaço institucional, o autor localiza no insílio o fio que une a diversidade de usos estéticos e posicionamentos ideológicos postos em circulação. A análise da prática e da representação do insílio, esta espécie de exílio vivido na própria terra, responsável pela dialética do deslocamento e do confinamento que estrutura o campo literário, oferece dados sobre a singularidade da escrita moçambicana e sobre a sua pluralidade interna. V

DBA Editora lança selo de literatura

  Novo selo irá publicar ficção contemporânea, a partir do começo do século XX, de autores inéditos no Brasil Já há 30 anos no mercado editorial, a editora DBA se especializou neste tempo em livros de artes como gastronomia, fotografia, esportes e estilo. Agora, a casa editorial criou um novo selo, o DBA Literatura. Com Alexandre Dórea Ribeiro como  publisher  e Antônio Xerxenesky como editor, a proposta do selo é publicar ficção contemporânea, a partir do começo do século XX, de autores inéditos no Brasil. A partir de setembro serão lançados os primeiros títulos:  Notre-Dame , da francesa Agnès Poirier,  The blank wall  (título em português ainda não definido), da norte-americana Elizabeth Sanxay Holding,  Sol Artificial , do argentino J. P. Zooey, e  A noiva do tradutor , do português João Reis. Via Publishnews 

Sarau Nuvem Colona abre inscrições para curso de criação e performance literária em Chapecó

Participantes aprenderão sobre técnicas de criação e de apresentação oral, em oito oficinas   Com o propósito de estimular jovens chapecoenses escritores a estudar, criar e publicar seus escritos, o Sarau Nuvem Colona realiza o primeiro curso de Criação e Perfomance Literária. Serão oito oficinas em que os participantes aprenderão sobre técnicas de criação e de apresentação oral. As inscrições gratuitas e limitadas vão até o dia 21 deste mês. Os interessados devem acessar as redes sociais do @saraunuvemcolona e preencher o formulário. As oficinas serão realizadas no sábado à noite, totalizando 32 horas/aula, dos dias 12 de setembro a 31 de outubro.  As aulas serão ministradas por estudiosos da literatura: a mestre em Ciências Sociais, poeta, produtora cultural, professora e pesquisadora de cultura popular Joana Golin; a psicóloga, poeta e produtora cultural Alice Souto; o doutor em Literatura, professor, produtor cultural, poeta e músico Demétrio Panarotto; o mestre e doutorando em Teo

Cadê o livro? Cadê a livraria?

  Mapa colaborativo das livrarias volta ao ar em plataforma mais robusta. A ideia é mostrar para os leitores quais as lojas que, mesmo com as portas fechadas, continuam vendendo livros em canais digitais. Em abril, o PublishNews noticiou a criação do  Mapa Colaborativo das Livrarias  que se mantiveram ativas, mesmo no período de isolamento social. Criado pela vendedora de livros Beatriz Alves, o mapa chegou a reunir mais de 200 livrarias, de 20 estados e amealhou mais de 20 mil acessos enquanto esteve no ar. Como estava baseado num documento aberto, no Google Docs, o mapa foi “derrubado”. Agora, ele voltou em uma plataforma mais parruda, resistente a ataques e pode ser acessado pelo site  Cadê o Livro . A ideia é unir as pontas entre leitores e livrarias para que eles possam descobrir as lojas do seu bairro ou da sua cidade que, mesmo com as portas fechadas, continuam vendendo livros seja pelas redes sociais, WhatsApp ou e-commerces próprios. "Eu sempre quis que as pessoas tivesse

Projeto relata desafio de mães e mulheres grávidas durante pandemia

  Da alegria ao medo, mães falam sobre o período de isolamento no projeto 'Para dar boas vindas' Mulheres relatam o período de isolamento, parto e gestação (Rômulo Garcias/Reprodução instagram) Larissa Troian Planejar uma gravidez é sempre um desafio. Gerar uma vida é um desafio ainda maior. As preocupações começam muito antes do nascimento: enxoval, pré-natal e bem estar físico e mental das mães estão entre os primeiros preparativos. E para as mães que a gestação ou o parto vieram durante a pandemia? Foi pensando nisso que a pesquisadora Adriana Oliveira, de Belo Horizonte, criou o projeto  Para dar as boas vindas . Adriana conta que a ideia surgiu "com nossa falta de luto pelas mortes que acometem o país nessa pandemia". Ela conta que após o início do isolamento, "ver uma pessoa grávida vem sendo uma alegria maior que naturalmente já havia sido, como uma imagem de resistência e afirmação da vida". Com várias mortes ocorrendo pelo país e pelo mundo em decor