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Mostrando postagens de maio 27, 2020

#NemUmaAMenos

Livro defende a proposta da greve internacional feminista como instrumento revolucionário que visibiliza trabalhos e condições das mulheres invisibilizados historicamente pelo sistema Um feminicídio é registrado a cada 29 horas na Argentina — um a cada oito horas, no Brasil. Verónica Gago assume a realidade e a luta das mulheres latino-americanas como ponto de partida para as análises de  A potência feminista: ou o desejo de transformar tudo  (Elefante, 256 pp, R$ 50 – Trad.: Igor Peres). Foi a violência estrutural e homicida contra as mulheres argentinas que desencadeou o movimento #NiUnaMenos, que logo se espalhou pela região. Quando encarado em sua dimensão de raça, de classe, plurinacional e, ao ganhar as massas, como tem ocorrido na Argentina com as manifestações pela descriminalização do aborto, o feminismo se torna revolucionário — e aponta inequivocamente para o desejo de transformar tudo. Essa é a tese defendida pela autora na obra.  A potência feminista  dialoga com a

LIVRO: ‘Negras, Mulheres e Mães’

‘Negras, Mulheres e Mães’ é um retrato que permanece atual sobre as relações raciais no Brasil, baseadas sobre as questões de gênero e religiosidade Em  Negras, Mulheres e Mães  (Arole Cultural, 200 pp, R$ 48,50), Teresinha Bernardo resgata as memórias de Olga de Alaketu, saudosa Iyalorixá de Candomblé na Bahia e no Sudeste, para mostrar a capacidade da mulher negra em superar as dificuldades no curso da vida, dotada por sua herança cultural africana de potências de defesa e atuação social - ainda que às vezes em conflito de valores com a cultura europeia, branca e cristã do Brasil. O lugar ocupado pela mulher negra na sociedade, sua condição particular de provedora e amante são o que, na análise do pensamento africano e afro-brasileiro, a transformam em mito. Ao revelar aos leitores a história pessoal e espiritual de Olga de Alaketu, a Bernardo expõe suas dimensões míticas, a partir dos quais a figura da mulher genérica vai se desenhando com grande nitidez e sentido. Mulheres

Câmara aprova 'Lei Aldir Blanc' que destina R$ 3 bilhões para a cultura

De autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), objetivo da lei é financiar ações emergenciais no setor cultural. Se aprovada, bibliotecas comunitárias, livrarias e editoras poderão acessar os recursos. Deputada Jandira Feghali é a autora do projeto da Lei Aldir Blanc | © Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados aprovou na última terça (26), a Lei de Emergência Cultural (PL 1075/2020) de autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que prevê a destinação de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios na aplicação de ações emergenciais de apoio ao setor cultural durante o período de isolamento. Batizada de Lei Aldir Blanc, em homenagem ao célebre compositor brasileiro que morreu este mês após ser infectado pela covid-19, o PL é visto como o mais eficiente projeto de socorro aos artistas impossibilitados de trabalhar por conta da pandemia. Repassada aos governadores e prefeitos, a verba poderá ser aplicada de três formas: no formato de uma ren

Coletivo de mulheres profissionais do livro escreve carta aberta à Câmara Brasileira do Livro

Coletivo Virginia, que reúne 213 mulheres profissionais do livro, pede providências à CBL e afastamento de Pedro Almeida do cargo de presidente do Conselho Curador do Prêmio Jabuti Pela memória de Sérgio Sant’Anna -- ganhador não de apenas um, mas de quatro prêmios Jabuti -- e de outros grandes expoentes do mercado editorial, como Fernando Py, Olga Savary, Aldir Blanc, personificando aqui, em conjunto, as 24.512 vidas brasileiras ceifadas pelo novo coronavírus (Covid-19), chamamos a Câmara Brasileira do Livro (CBL) a reavaliar sua postura diante das declarações levianas e desumanas emitidas pelo atual presidente do Conselho Curador do Prêmio Jabuti em suas redes sociais. A CBL e o Prêmio Jabuti são instituições consagradas do mercado editorial, respeitadas por sua longa história. Razão pela qual não se pode admitir que seus atuais gestores se furtem, neste momento crítico, à responsabilidade de dar uma resposta à altura do prestígio e da importância simbólica de que desfrutam no

Em tempos de pandemia, editoras promovem iniciativas literárias para estimular a escrita e leitura

Editores independentes promovem a escrita sobre experiências, rotinas, pesquisas sobre a sociedade em tempos de pandemia A obra "Crônicas de um confinamento" ganha lançamento (Foto: Divulgação/Editora Olho de Peixe) Escritos diários, reflexões sobre a vida e o mundo, pontos de vista sobre o momento atual . Isolados em casa, autores conhecidos e pessoas comuns compartilham seus escritos em  iniciativas literárias  promovidas por editoras nacionais e independentes. Entre artigos, pesquisa, poesias e crônicas, as temáticas vão de assuntos mais específicos como  “Pandemia: Covid-19 e a reinvenção do comunismo” , do filósofo eslavo  Slavoj Zizek , a registros biográficos da nova rotina em postagens publicadas no Instagram. A  Editora Boitempo  lançou na última semana uma coletânea de livros que relacionam a pandemia com o sistema capitalista. Entre as publicações,  “(Re)nascer em tempos de pandemia: Uma carta à Moana Mayalú” , da deputada federal  Talíria Petrone , que e