Felipe Franco Munhoz , Especial para o Estado A vida e a rotina da protagonista Magdalena, pregressas ao acidente que ela sofrerá. Seu ofício cotidiano: costureira, confeccionando cortinas e tapetes; “usando as mãos para sobreviver”. Seu relacionamento com o narrador – anônimo, em primeira pessoa, e falso, elaborado como elemento metaficcional – da parte (são três) que abre o romance. O acidente: um atropelamento. As angústias do hospital, vozes. A vida e a rotina da protagonista, posterior ao atropelamento: mudanças, dores, adaptações. Tempos que, alternando o aleatório das memórias e um presente progressivo, se emaranham na construção da grande tapeçaria pós-faulkneriana que é o romance Entre as Mãos (Record), estreia de Juliana Leite . Assim, com tonalidades violentas, a trama (narrativa, de fios invisíveis e de linhas compostas por letras e palavras – inclinando-se, em geral, para o coloquialismo) é tecida através de parágrafos quase autônomos, flutuantes entre esp
Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza