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Solidariedade ecumênica

Por Gonzaga Mota - Professor aposentado da UFC

Estamos vivendo momentos de angústia, em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus. É importante que todos nós, brasileiros, de um lado, tenhamos consciência da gravidade da situação, e de outro, confiemos na solidariedade da população; sigamos as orientações das autoridades sanitárias e dos profissionais de saúde, bem como acreditemos na comunidade científica que visa encontrar um antídoto para combater o mencionado vírus.
Estas três vertentes são fundamentais para vencermos um desafio que poderá apresentar índice elevado de letalidade. Ademais, a hora é de união. Não devemos realizar ou estimular brigas ou disputas inócuas visando outros objetivos.
A "solidariedade ecumênica", no sentido amplo, respeitando os princípios democráticos, é fundamental para acabar com o o inimigo invisível (Covid-19). Quando nos referimos ao ecumenismo estamos ressaltando os aspectos religiosos, políticos, ideológicos, da imprensa, partidários, étnicos, institucionais, etc. Precisamos acabar com as disputas sem sentido e não democráticas "Governo versus anti-Governo". O problema é de Estado. Estão surgindo os efeitos colaterais negativos da atual crise, notadamente nas áreas social e econômica. O desemprego vai crescer de forma inimaginável. Ocorrerão reflexos indesejáveis na educação, em outras áreas da saúde, assim como na segurança. Em face da péssima distribuição de renda, as classes menos favorecidas vão sofrer muito mais. Por sua vez, as dificuldades empresariais deverão aumentar com mais violência nas micros, pequenas e médias unidades.

Estamos numa recessão e, infelizmente, poderemos entrar num processo depressivo. Saibamos usar a liberdade, pois ela deve ser acompanhada pela solidariedade e responsabilidade. "O País que se divide em grupos que lutam entre si será destruído" (Lc 11, 17). Unamo-nos no amor, mediante os ensinamentos de Deus.

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