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A verdade - Totó

Gonzaga Mota*
Gonzaga Mota com Pe. Geovane Saraiva, na Academia
Metropolitana de Letras de
Fortaleza, em 2013
Creio que as duas pessoas de maiores méritos, dentre várias, ao longo do século XX, foram Mahatma Gandhi e madre Teresa de Calcutá. Gandhi foi advogado, pacifista e defensor dos pobres. Madre Teresa foi freira, pacifista e defensora dos pobres. Desprezaram os valores materiais e se dedicaram a ajudar ao próximo, principalmente, os mais humildes, os injustiçados, as crianças, os idosos e os doentes. 

Não há dúvidas, foram iluminados por uma luz divina. Martin Luther King disse: "Gandhi era inevitável. Se a humanidade há de progredir, não poderá esquecê-lo". Ademais, Einstein ressaltou: "As gerações futuras dificilmente poderão acreditar que alguém assim, de carne e osso, já andou por este mundo". 

Por sua vez, a irmã das favelas, como era conhecida madre Teresa, dizia não ser nada, mas apenas um instrumento do Senhor e andava nas ruas de Calcutá sem dinheiro e sem companhia, porém com obstinação. Tinha por objetivo salvar e consolar miseráveis. Dizia: "é difícil para o pobre vir até nós, devemos ir até ele". Madre Teresa criou a Congregação Missionária da Caridade e, sendo católica, não fazia distinção entre hindus, muçulmanos, cristãos, etc., pois todos eram filhos de Deus.

No cartão de visitas de madre Teresa estavam impressas as seguintes frases: "O fruto do silêncio é a prece; o fruto da prece é a fé; o fruto da fé é o amor; o fruto do amor é o serviço; o fruto do serviço é a paz". Ela nunca pediu a ninguém para mudar de religião. "Satyagraha", que significa o caminho da verdade, foi o princípio básico das vidas exemplares de Gandhi e madre Teresa, hoje beata e breve santa.

*Integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará

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