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João Paulo II foi personalidade «mais relevante» do século XX, diz cardeal Monteiro de Castro

Papa polaco vai ser canonizado no domingo

D.R.
Cidade do Vaticano, 22 abr 2014 (Ecclesia) – O cardeal português D. Manuel Monteiro de Castro considera que o Papa João Paulo II, que vai ser canonizado no domingo, foi a “personalidade mais relevante” do século XXI, a nível mundial.
“João Paulo II é a personalidade mais relevante no decorrer do século XX: levou a palavra de Deus, palavra de fraternidade, de amor, de tranquilidade, de serenidade e bem-estar a todos os continentes”, refere o antigo diplomata da Santa Sé, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa a 16 de outubro de 1978, assumindo o nome de João Paulo II, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; realizou 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal, em 1982, 1991 e 2000.
D. Manuel Monteiro de Castro teve oportunidade de receber o Papa polaco na sua primeira visita ao México (1979) e acompanhou-a ainda nas viagens às Caraíbas, a San Salvador, Espanha e Portugal.
Falando numa pessoa “inesquecível”, o penitenciário-mor emérito da Santa Sé destaca a “vigorosa ação” desenvolvida por João Paulo II “na Igreja e também no mundo político e diplomático”.
O cardeal português sublinha, em particular, as “104 viagens por todo o mundo, que tiveram a participação de enormes multidões, e a criação das Jornadas Mundiais da Juventude, que ainda hoje têm um grande sucesso”, bem como a “grande devoção” a Fátima.
“Tive a alegria de o receber na sua primeira viagem ao México (janeiro de 1979). Não foi fácil a preparação desta primeira visita, porque a Santa Sé não tinha relações diplomáticas com o México”, relata.
A viagem revelou-se um “grande êxito”, que se estendeu às visitas a San Salvador no contexto de “uma horrível guerra fratricida”.
“As orações e as palavras de São João Paulo II foram bem acolhidas. As mensagens dadas ao povo e aos jovens ficaram no coração de muitos e começou-se a procurar o modo de chegar à paz e lá se chegou, mesmo com dificuldade”, acrescentou o penitenciário-mor emérito da Santa Sé.
O Papa polaco foi beatificado por Bento XVI, seu sucessor, a 1 de maio de 2011 e vai ser canonizado a 27 de abril de 2014, por decisão de Francisco.
OC

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