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Ana Virgínia: De obesa a esportista, mulher perde 25 kg e adere às meias maratonas

Ana Virgínia, de 53 anos, começou a perder peso em 2010.

A morte da mãe fez com que assistente social procurasse ajuda médica. 

Do G1 BA
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Assistente social Ana Virgínia perdeu 25 kg (Foto: Arquivo Pessoal)Assistente social Ana Virgínia perdeu 25 kg (Foto: Arquivo Pessoal)
O enfarte fulminante que causou a morte da mãe, em 2010, deu um novo sentido a vida de Ana Virgínia Pereira, de 53 anos. A assistente social, que mora em Salvador, e já tinha desistido da luta contra o ganho de peso, tirou da tristeza o empenho por uma vida saudável. No mesmo ano, por meio de um processo de reeducação alimentar e desenvolvimento de atividades físicas, Ana Virgínia perdeu 25 quilos.
Além de não ter recuperado o peso perdido, ela descobriu a paixão pelo esporte. Virgínia já correu até 23 quilômetros em meias maratonas realizadas em várias partes do Brasil.
Embora a morte da mãe não tenha sido provocada por problemas com obesidade, a fatalidade despertou na família o sinal de alerta. Na época, Ana Virgínia conta que chegou a pesar 90 quilos, sendo que ela tem altura de 1,59 metros. "Entrei na menopausa muito cedo, aos 46 anos. Achei que já estava muito velha e não tinha mais jeito. Meti o pé na jaca e engordei ainda mais. Entrei naquele processo de querer engordar para poder fazer a cirurgia bariátrica", relata a assistente social.
Assistente social Ana Virgínia perdeu 25 kg (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Assistente social Ana Virgínia perdeu 25 kg
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
Ainda em 2010, quando a mãe faleceu, Ana Virgínia relata que foi orientada pela irmã a procurar ajuda médica para emagrecer. "Por causa do peso, eu também corria risco de enfarte. Eu comecei o tratamento [em uma clínica] em agosto de 2010. Eu dezembro [dos mesmo ano], eu já tinha perdido 23 dos 25 quilos acertado pela nutricionista. Entrei em período de manutenção e, logo após, perdi mais dois quilos", detalha.
Junto com a acompanhamento nutricional, Ana Virginía explica que superou todas as dificuldades que tinha em desenvolver atividades físicas. "Eu era daquelas que se matriculava na academia e não aparecia. Pagava o ano inteiro e nunca ia. Quando comecei a perder peso, eu comecei a procurar alguma forma de me manter magra. Comecei a andar. Do andar, eu comecei a me interessar pelo clube de corrida [da clínica]", lembra a assistente.
A mudança de hábitos iniciada há quatro anos alterou complemente a vida de Ana Virginia. Atualmente, ela relata que só descansa fisicamente aos domingos. "Acompanhada de profissionais, eu faço musculação todos os dias. Corro quatro vezes por semana. Hoje, eu faço uma coisa que nunca imaginei que seria possível: viajo para correr", detalha a mulher que participa de meias maratonas em várias partes do Brasil.
"Eu acabo de fazer a corrida adventure [na areia], na Praia do Forte. Nessas corridas, a minha vitória não é superar os outros, mas a mim mesma. Levando em conta a minha idade e a minha história, eu fico feliz em concluir a corrida e não me sentir acabada. Ainda tenho pique para dançar com os jovens no final", brincou.
Ana Virgínia é casada há 30 anos, mãe de duas mulheres e avó de duas meninas. "Ele [marido] não reclamava do meu peso. Ele nunca me conheceu magra. Mas depois que emagreci, ele disse que nunca tinha me visto tão feliz", destaca.
"A minha vida hoje é completamente diferente. Há 4 anos, eu tinha muitas dores: pé, joelho. Eu tenho duas netas e tinha dificuldade de brincar. Hoje, eu acompanho as minhas netas em todas as brincadeiras. Eu tive problema de tireóide e tive gordura no fígado. Hoje, sem dúvidas, sou muito mais feliz. Com a gordura, eu também tirei o drama da minha vida", conclui.

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