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Vaticano: Papa reafirma importância do trabalho com dignidade

Francisco deixou apelo à criação de empregos em nova mensagem no Twitter

Cidade do Vaticano, 24 jun 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco reafirmou hoje a sua preocupação com as consequências do desemprego, numa mensagem publicada através da rede social Twitter.
“Como gostaria de ver toda a gente com um trabalho decente! É uma realidade essencial para a dignidade humana”, refere o texto publicado na conta ‘@pontifex’, com mais de 13 milhões de seguidores em nove línguas, incluindo o português.
Este tema tem sido uma das preocupações recorrentes do Papa, que a 28 de maio dirigiu uma mensagem ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, afirmando que a comunidade internacional se deve empenhar para criar “mais oportunidades de emprego”.
“O desemprego está a alargar dramaticamente as fronteiras da pobreza”, realçou Francisco, para quem o problema é “particularmente desanimador” para os jovens que ficam fora do mercado de trabalho e podem “muito facilmente ficar desmoralizados” e perder a sua “noção de valor, sentindo-se alienados da sociedade”.
Dois dias antes, no regresso ao Vaticano após a viagem à Terra Santa, o Papa disse aos jornalistas que o desemprego é “grave”.
“Num verdadeiro sistema económico, no centro devem estar o homem e a mulher, a pessoa humana. E hoje, no centro, está o dinheiro”, advertiu.
Francisco referiu-se em particular à geração «nem… nem…», jovens que “nem estudam nem trabalham”.
“Isto é gravíssimo! Descarta-se uma geração de jovens”, lamentou, antes de reforçar as suas críticas a um “sistema económico desumano”, que “mata”, como tinha dito na exortação apostólica ‘Evangelii gaudium’ (A alegria do Evangelho).
No último dia 16, perante os participantes no congresso eclesial da Diocese de Roma, o Papa recordou os 75 milhões de jovens “nesta civilização europeia, jovens com menos de 25 anos”, que não têm um trabalho.
“Esta civilização deixa-os órfãos”, lamentou.
O tema esteve presente na viagem do Papa a Assis, Itália, em outubro de 2013, quando visitou o local onde São Francisco se despojou de todas as suas posses, para evocar as pessoas que foram “despojadas por este mundo selvagem que não dá trabalho, que não ajuda”.
“Não importa se há crianças a morrer de fome, não importa se tantas famílias não têm o que comer, não têm a dignidade de levar pão para casa; não importa se tanta gente tem de fugir da escravidão, da fome e fugir”, lamentou Francisco.
OC

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