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Porto: Diocese assinalou 150 anos do Seminário Maior


Diocese do Porto
Diocese do Porto

Autoridades religiosas e políticas destacaram «extraordinário serviço» que a instituição tem prestado à Igreja Católica e à região


Porto, 16 set 2014 (Ecclesia) – A Diocese do Porto assinalou esta segunda-feira os 150 anos do Seminário Maior da Senhora da Conceição, com um programa festivo que congregou autoridades religiosas e políticas, bem como antigos e atuais alunos da instituição.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo do Porto, que presidiu à eucaristia integrada nas comemorações, destacou o “extraordinário serviço” que aquela casa tem prestado à Igreja Católica e à região, ao longo dos anos.
D. António Francisco dos Santos classificou as celebrações como um gesto de “gratidão” para com as pessoas que ali trabalharam e as que atualmente servem o Seminário, desde o reitor aos formadores, passando pelos funcionários.
Sediado no antigo colégio de São Lourenço, o Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição acolheu ao longo da sua história não só os alunos do Porto mas também candidatos provenientes das dioceses de Vila Real, Coimbra, Bragança-Miranda, Funchal e Portalegre-Castelo Branco.
Antes de ser entregue à Diocese do Porto, em 1862, e de começar a funcionar como Seminário em 1864, a estrutura pertenceu à Companhia de Jesus e foi também convento dos Frades Agostinhos.
Para o bispo do Porto, a instituição afirmou-se como um polo de “comunhão” e é atualmente um sinal “da vitalidade da Igreja, que continua a encontrar respostas generosas no coração dos jovens e a acompanhá-los na formação”.
As comemorações dos 150 anos do Seminário Maior contaram com a presença do patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que liderou os destinos da diocese do Porto entre 2007 e 2013.
O patriarca lisboeta considerou a homenagem “justíssima” para uma instituição que “desde a sua reconstituição em 1862/64 até à atualidade, mesmo durante o regime republicano de 1910 e depois, foi sempre um grande esteio de renovação católica em Portugal e para várias dioceses”.
“Estamos no século XXI mas a importância determinante destas casas de formação continua”, sustentou.
Uma ideia partilhada pelo atual reitor do Seminário, padre António Augusto Azevedo, para quem nestes 150 anos importa sobretudo olhar para o legado daquela casa, feito de “tantas gerações que ali foram formadas, de sacerdotes, alguns bispos e também leigos” que estiveram ou estão “ao serviço do povo de Deus”.
Aquele responsável realçou a importância da instituição enquanto “escola” que, “em cada época, mesmo nas mais difíceis”, teve a capacidade de estar “atenta” aos “sinais dos tempos”, aos “grandes debates da Igreja, da sociedade e do país”, e de preparar pessoas “à altura dos grandes desafios pastorais”.
D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, natural de Matosinhos, esteve durante vários anos ligado ao Seminário Maior do Porto, primeiro como professor e depois como vice-reitor.
Uma passagem que marcou a “vida” e o percurso pastoral do prelado, quando em 1975 foi chamado a servir a diocese sadina.
A comemoração dos 150 anos do Seminário Maior contou ainda, entre outros responsáveis católicos e políticos, com a participação do presidente da Câmara do Porto.
Rui Moreira reconheceu o contributo daquela casa para a região, não só através da “formação de sacerdotes” mas também de “muitas outras pessoas que hoje se distinguem em outras atividades”.
“A Igreja tem no Porto uma função fundamental na coesão social, numa cidadania ativa”, sustentou.
HM/JCP

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