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Cardeal-patriarca de Lisboa: Caridade só é «legitimamente dita se concretamente praticada»

Agência Ecclesia
  


Arlindo Homem/Agência Ecclesia
Arlindo Homem/Agência Ecclesia

 Mobilizou católicos para atenderem ao «clamor» dos pobres



Lisboa, 02 abr 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa incentivou hoje, durante a missa crismal na Sé, as comunidades católicas a continuarem a obra de Cristo “ressuscitado” no mundo, sobretudo através da prática da verdadeira solidariedade.
Na homilia da celebração, disponível em vídeo no site do Patriarcado, D. Manuel Clemente salientou que toda a Igreja Católica, nos seus consagrados e leigos, deve ser sinal “no mundo e para o mundo” do “corpo visível do Ressuscitado”.
Sobretudo numa sociedade que precisa “urgentemente de Páscoa”, ou seja, de passar “para a vida de Cristo”.
Durante a sua intervenção, o cardeal-patriarca de Lisboa recordou sobretudo a missão dos cristãos de “anunciarem a Boa Nova aos pobres, de todas as pobrezas, antigas e novas, do corpo e do espírito”.
“Onde mais clamarem, onde mais urgirem”, aí deverão estar as comunidades cristãs, mas imbuídas de uma “solidariedade autêntica”.
Uma solidariedade “que quando vivida no espírito de Jesus, tem o nome cristão de caridade”, que só poderá ser “legitimamente dita se concretamente praticada”, frisou D. Manuel Clemente.
O patriarca lisboeta apontou depois a exortação apostólica do Papa Francisco, “A alegria do Evangelho”, como uma leitura essencial para quem quiser praticar esta solidariedade autêntica.
“Número a número, capítulo a capítulo, deparamo-nos com afirmações claríssimas do que havemos de ser e fazer, insistindo numa atitude básica, quase um lema a fixar e talvez até a afixar nos locais em que nos reunimos”, sustentou.
Citando uma dessas passagens do documento do Papa argentino, sublinhou que “cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade”.
“Isto supõe estarem docilmente atentos ao clamor do pobre e socorrê-lo”, reforçou.
JCP

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