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CONTEMPLAÇÃO E TESTEMUNHO, VIAS DE MISERICÓRDIA

Na conclusão do Ano da Vida Consagrada, vigília de oração na Basílica de São Pedro
consagrados
29 JANEIRO 2016 -  REDAÇÃO IGREJA E RELIGIÃO
 consagrados
Começou na noite passada, 28 de janeiro, com uma vigília de oração na Basílica Papal de São Pedro, o evento conclusivo do Ano dedicado à Vida Consagrada: “Vida Consagrada em comunhão. O fundamento comum na diversidade das formas”.

“As bem-aventuranças são caminho para uma vida plena e feliz, aqui e agora” – disse em sua homilia, Dom José Rodríguez Carballo, OFM, Arcebispo Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica CIVCSVA”. Para um consagrado a alegria não é uma possibilidade, mas uma responsabilidade. Se pensarmos que Deus pode preencher nosso coração e nos fazer felizes; se acreditarmos que nossos irmãos e irmãs que Deus colocou ao nosso lado são presentes (…) então não podemos privar o mundo do dom da alegria em Cristo”.

O dia de hoje teve início num caminho de muita alegria, começando pelas palavras do Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da CIVCSVA: “Como pessoas consagradas, temos de mostrar que Deus é capaz de preencher nossos corações e nos fazer felizes”, explicou, exortando todos os homens e mulheres religiosos à unidade e à fraternidade, a viver na Igreja a espiritualidade da comunhão.

Seguir, ouvir, encontrar o outro: este é o estilo de Jesus que os consagrados homens e mulheres são chamados a aprender, disse Pe. Theobald, SJ. Consagrados a serviço da história em que vivem e trabalham; testemunhas de fraternidade que, se autenticamente vivida, torna-se um modo de vida “alternativo”; homens e mulheres que olham para o futuro com a visão profética de quem observa a obra do Espírito Santo, que continuamente cria e enriquece a Igreja de novos carismas.

O chamado para viver o estilo de vida contemplativa de Jesus vem dos relatos de Maria Grazia Angelini, OSB e Calle Miguel Marquez, OCD. A contemplação não é abstrair-se do mundo, mas inserir-se com vitalidade nele: “Deus vive e trabalha no mundo – explica Angelini – e isso nos coloca na situação original de contemplar. Não é uma atividade, não é um estado de vida, mas um estilo que brilha na ação: a forma unificante do crer. O Espírito trabalha. Guia-nos para o essencial. Seguir o Mestre”.

A contemplação é “uma fonte de graça matinal feita de misericórdia… que nos espera sempre”, explica Miguel Marquez Calle, que a declina através das experiências e testemunhos de santidade ao longo da história, de São João da Cruz até hoje: “A mãe é contemplativa: está em mil coisas, mas seu coração está completamente no filho / filha onde quer que esteja … não tira de seu seio a criatura, a leva com ela, como Deus leva cada um de nós n’Ele e Ele nos ama, diz São João da Cruz, com o mesmo amor que tem por Ele. Este amor de Deus é o princípio e o fim de qualquer contemplação”. Zenit

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