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DENUNCIAM DESAPARECIMENTO DE 113 CRIANÇAS IMIGRANTES NA ESPANHA

Por Blanca Ruiz
Imagem referencial / Foto: Flickr de European Commission DGECHO (CC-BY-ND-2.0)

MADRI, 02 Mar. 16 / 03:30 pm (ACI).- Há algumas semanas, o escritório europeu da polícia (Europol) reconhecia desconhecer o paradeiro de 10.000 crianças refugiados que tinham chegado à Europa. Apesar de a Itália e a Alemanha serem países de maior fluxo migratório, na Espanha a revista ‘Vida Nueva’ contabilizou cerca de 113 menores imigrantes desaparecidos, conforme informações da Cruz Vermelha de 2015.

Segundo destacou a Cruz Vermelha em uma reportagem de investigação publicada em ‘Vida Nueva, “infelizmente estes números não supõem mais que a ponta do iceberg”, pois se estes dados são somados aos proporcionados pelo ‘Defensor del Pueblo’, ACNUR ou a ‘Fundación Amaranta’, este drama invisível é maior ainda.

“É difícil admitir, mas as crianças que desaparecem de nossos centros já não aparecem...”, alerta Pilar Casas, diretora de Amaranta, cuidada pelas religiosas adoradoras.

Casas também denuncia a falta de iniciativas das autoridades públicas, pois embora aumentem as análises de DNA dos menores que atravessam as fronteiras para frear as máfias, a falta de seguimento e controle em território espanhol torna este esforço em vão.

Além disso, segundo as entidades que trabalham para proteger os menores, há a falta de uma lei contra o tráfico, do desenvolvimento da Lei de Asilo e de um plano coordenado de atenção.

A reportagem de investigação feita pela revista ‘Vida Nueva’ detalha casos concretos como o ocorrido em setembro de 2013, no qual sete bebês chegaram a Ponte Genil nas mãos de sete mulheres que diziam ser suas mães.

As provas de DNA confirmaram que não eram suas mães, mas como os resultados chegaram à Espanha no dia 30 janeiro de 2014, naquela ocasião, nenhuma das mulheres estava nos centros de acolhida e elas desapareceram com os menores.

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