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PORTO: NOVO BISPO AUXILIAR QUER AJUDAR NA «RENOVAÇÃO» DE «UMA DIOCESE IMPORTANTE PARA O PAÍS»

Agência Ecclesia 19 de Março de 2016, às 17:24  
Foto: Diocese do Porto
«Há muito que trabalhar», frisou D. António Augusto Azevedo, ordenado esta tarde
Foto: Diocese do Porto
Porto 19 mar 2016 (Ecclesia) - A Sé do Porto acolheu hoje a ordenação episcopal de D. António Augusto Azevedo, que o Papa Francisco nomeou como auxiliar desta diocese.

Em declarações aos jornalistas, este sábado, o novo bispo salientou a intenção de ser um “colaborador próximo” de D. António Francisco dos Santos e de “contribuir” com “fidelidade plena”, com “alegria” e “entrega” para a “renovação” de “uma diocese de grande dimensão” e “importante para o país”.

O até agora reitor do Seminário Maior da Diocese do Porto sublinhou a vontade de “levar a alegria do Evangelho às pessoas”, na “continuação do espírito dos apóstolos” e daquilo que o “Papa Francisco tem ensinado”.

D. António Augusto Azevedo quer privilegiar o “acolhimento” como forma de “ir ao encontro das pessoas” e revela ter já “uma agenda carregada”.

“Há muito que trabalhar, com o espirito do Papa, pelo espirito de proximidade por todos”, frisou o novo bispo auxiliar do Porto, que vai continuar durante algum tempo a acompanhar as novas vocações que estão a surgir na região, não só na Diocese do Porto mas também de dioceses vizinhas, como Vila Real e Coimbra.

Sobre o futuro do clero no território, D. António Augusto Azevedo revela ter “muita esperança” nos novos sacerdotes, perspetivando “bons pastores, dedicados ao serviço das comunidades”.

“É uma geração de jovens muito disponíveis, muito generosos, também muito corajosos, pois a vocação sacerdotal hoje exige uma grande coragem. Terão também, como todas as gerações, as suas fragilidades, mas dessas também tentaremos cuidar e estar atentos, para que sejam fiéis e servidores dedicados”, apontou o prelado.

D. António Augusto Azevedo, de 53 anos, é natural do Concelho da Maia e sacerdote na região do Porto há cerca de 30 anos.

Passou a partir de hoje a ser o terceiro bispo auxiliar da diocese, na companhia de D. António Maria Bessa Taipa e D. Pio Alves.

Juntos, vão procurar apoiar D. António Francisco dos Santos na missão de cuidar da diocese mais populosa do país, com 2,06 milhões de habitantes e 477 paróquias, numa área de mais de 3 mil quilómetros quadrados.

Para D. António Francisco dos Santos, que presidiu esta tarde à ordenação episcopal na Sé do Porto, o facto do novo bispo auxiliar ser da casa e “conhecer bem a diocese” poderá ser fundamental para o desenvolvimento de uma Igreja Católica local atualmente "em percurso sinodal", de revitalização.

“Ele conhece muito bem a realidade, o contexto, a geografia, as pessoas, as motivações e também o caminho que nós estamos a fazer. Por isso, é assim, cremos que com a ajuda dele e com o conhecimento que ele nos traz, pela sua idade, pelo seu entusiasmo, dinamismo e doação, vamos ter um servidor extraordinário desta Igreja do Porto”, sustentou.  

Num dia em que o Papa Francisco assinalou o início do terceiro ano do seu pontificado, o bispo do Porto enalteceu também o espirito de abertura que o Papa argentino demonstrou ter para com toda a Igreja Católica, ao nomear um novo membro para o episcopado português.

“Eu quando estive com o Papa, a 18 de novembro de 2015, ele disse-me: ‘Foste tu que escreveste há dias a pedir um novo bispo auxiliar, e vais tê-lo’. Vejo que é uma dádiva do Papa e também um testemunho de comunhão da Igreja com Francisco”, concluiu.

D. António Augusto Azevedo é assistente diocesano do CPM - Centro de Preparação para o Matrimónio desde 2005 e juiz do Tribunal Eclesiástico do Porto desde 2004; antes trabalhou nas paróquias de Santo Tirso e Vilar do Paraíso (Vila Nova de Gaia) e foi capelão militar na Força Aérea.

Na cerimónia da sua ordenação episcopal, este sábado, participaram entre outros o cardeal-patriarca de Lisboa, e presidente da Conferência Episcopal, D. Manuel Clemente.

Também o núncio apostólico (representante diplomático) da Santa Sé em Portugal, D. Rino Passigato; o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga; o ministro da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes; e o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
SN/JCP

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