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COIMBRA: CONFRARIA CELEBRA 500 ANOS DA BEATIFICAÇÃO DA RAINHA SANTA ISABEL



Agência Ecclesia 15 de Abril de 2016, às 16:56       

Confraria vai expor a mão de D. Isabel de Aragão para veneração dos fiéis de 1 a 13 de julho.
Coimbra, 15 abril 2016 (Ecclesia) – A Confraria da Rainha Santa Isabel celebra hoje os 500 anos da beatificação da sua padroeira com um concerto, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, e em julho a “veneranda imagem” vai em procissão para a Sé Nova de Coimbra.

O presidente da confraria informa que a imagem de D. Isabel de Aragão vai ser transportada da igreja de Santa Cruz para a Sé Nova de Coimbra numa procissão jubilar da misericórdia, que vai acolher “todas as instituições de apoio social” da diocese que queiram participar.

A “grande celebração”, explica António Rebelo, por sua no programa ‘ECCLESIA’, começa no primeiro fim de semana de julho com o tríduo preparatório antes do dia da Solenidade na segunda-feira, dia 4.

“Ainda hoje chegam até nós relatos comoventes de pessoas que no seu íntimo acorrem à rainha santa e lhes são concedidas graças que em alguns casos são verdadeiros milagres” disse na RTP2.

O entrevistado destaca a “feliz coincidência” de estarem a preparar a celebração dos 500 anos dessa beatificação quando o Papa Francisco proclama o Jubileu da Misericórdia porque a rainha santa foi das pessoas que “mais praticou o amor” em todas as “vertentes” catalogadas nas 14 Obras de Misericórdia.

No âmbito dos 500 anos da beatificação da Rainha Santa a confraria vai expor a mão de D. Isabel de Aragão para veneração dos fiéis, de 1 a 13 de julho.

Atualmente, e até julho, o Museu Nacional de Arte Antiga tem em exposição o ‘Tesouro da Rainha Santa’ constituído por um bordão, que ainda pertence à confraria, e outras peças, que foram integradas no espólio Museu Machado Castro, que vai receber a mostra nas festividades.

Já num artigo publicado hoje no Semanário ECCLESIA, António Rebelo destaca que o povo considerou a rainha de Portugal santa “logo após a sua morte”, pela “fama das virtudes que a acompanhava”.

Foi o Papa Leão X que elevou aos altares a rainha santa a 15 de abril de 1516, “faz hoje 500 anos”, reconhecendo-a como digna de veneração, 180 anos depois da morte.

O documento papal determinou que, nas igrejas, mosteiros e lugares da cidade e da Diocese de Coimbra, “os respetivos fiéis possam, uma vez por ano, celebrar e mandar celebrar a comemoração ou o ofício litúrgico” em honra de quem já era “comummente chamada Rainha Santa”.

O presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel recorda ainda que foi também autorizado que na cidade e diocese de Coimbra pintassem a imagem da monarca e a “coloquem entre as dos outros santos venerados, nas igrejas e nas casas particulares”.

António Rebelo comenta ainda que esse culto “histórico, secular” é transmitido de geração em geração e “consegue em cada geração ser reavivado pelas graças” que continuam a ser concedidas ao povo que recorre à Rainha Santa Isabel.

A canonização aconteceu em 1625 por decisão do Papa Urbano VIII.

PR/CB

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