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Educação

Gonzaga Mota* 
Concordamos com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de ser um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais importante, para o progresso ordenado de um país. É fundamental que as nações entendam, em primeiro lugar, que a educação não é um gasto,  mas um investimento. Em segundo lugar, este é um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto de Estado Democrático, para além das divergências partidárias das forças políticas que momentaneamente ocupam os papéis de governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um programa de Governo, mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos diversos atores sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e trabalhistas e da sociedade civil em geral. Há uma evidente correlação entre os níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o desenvolvimento dos países. Este entendimento levou à adoção da educação como um dos fatores na concepção do conhecido IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que tem orientado as políticas públicas em vários países e constituído importante indicador de avaliação de seus acertos ou insuficiências. Resta, pois, o passo mais difícil — transformar a retórica em ações concretas e priorizar os investimentos no setor educacional, nas múltiplas dimensões do acesso, da equidade e da qualidade. Eis o verdadeiro desenvolvimento humano.

*Professor aposentado da UFC, escritor, ex-governador do Ceará e membro da Academia Metropolitana de Fortaleza

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