Pular para o conteúdo principal

A EUCARISTIA COMO DOM DE COMUNHÃO

O Filho de Deus se faz comida e bebida, para inserir-nos na vida de Deus.
É preciso aprender com a convivência fraterna o que é viver em comunhão.
É preciso aprender com a convivência fraterna o que é viver em comunhão.
Por Felipe Magalhães Francisco*
Os sacramentos da Iniciação Cristã fazem a Igreja: Batismo, Crisma e Eucaristia são os sacramentos que conformam os fiéis à vida de Jesus, no comprometimento com o testemunho do Evangelho. A eucaristia coroa todo o processo, pois, cada vez que os fiéis tomam parte no Corpo e Sangue do Senhor, tornam-se eles mesmos o Corpo Místico de Cristo. A celebração eucarística, como memorial da morte-ressurreição do Senhor, é banquete festivo, que antecipa a liturgia celeste: o Filho de Deus se faz comida e bebida, para inserir-nos na vida de Deus.
Essa realidade coloca os cristãos e cristãs diante de um horizonte ético: uma vez que são chamados a se configurar a Cristo, a sua missão no mundo precisa corresponder à essa configuração, de modo que o Reino seja anunciado da mesma forma que Jesus anunciou. Nosso artigo, A eucaristia e a fome no mundo, aborda o tema eucarístico pelo viés da responsabilidade ética de todos os cristãos e cristãs, com a superação da fome para que a eucaristia seja, de fato, banquete da vida para todos.
Para isso, é preciso aprender com a convivência fraterna o que é viver em comunhão. Daí a importância do domingo, como dia pascal e festivo. Também outras festas, no calendário litúrgico, ajudam-nos a entrar na dinâmica da pascalidade convivial da eucaristia. Ontem, 26, a Igreja celebrou Corpus Christi, a Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor. Para nos ajudar a refletir sobre essa Solenidade, para além do aspecto devocional, o liturgista Pe. Márcio Pimentel, especialista em liturgia e em música ritual, propõe-nos o artigo: A eucaristia como refeição, convidando-nos a olhar para o aspecto convivial da eucaristia como convite à comunhão trinitária.
Celebrar a eucaristia é celebrar um encontro de comunhão, com os irmãos e irmãs e com o amor trinitário. Esse encontro precisa afectar os cristãos e cristãs, para que sejam transformados pela vida mesma do Senhor Ressuscitado. Nessa perspectiva, o artigo-testemunho da mestra em teologia, Sandra Regina de Sousa, Eucaristia: encontro de amor à luz da fé, aborda um olhar pessoal sobre a força transformadora da eucaristia, além de contar parte da experiência vivida na Amazônia, como verdadeira experiência eucarística de encontro com o outro.
Boa leitura!
*Felipe Magalhães Francisco é mestre em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Coordena a Comissão Arquidiocesana de Publicações, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Coordena, ainda, a Editoria de Religião deste portal. É autor do livro de poemas Imprevisto (Penalux, 2015).

Comentários