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BISPOS DOS EUA SOBRE A DIRETIVA DE OBAMA A RESPEITO DOS BANHEIROS

Reiteram a dignidade inerente de cada pessoa humana
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Tanto em tribunais norte-americanos e nas notícias e redes sociais, a “guerra dos banheiros” tornou-se um ponto principal destes primeiros meses de 2016 nos Estados Unidos da América.
Em causa está a resposta das escolas para os alunos que se definem como transgêneros, e, especificamente, se estes alunos devem usar os banheiros e vestiários do sexo com o qual se identificam.
Na semana passada, a administração Obama entrou na batalha com uma diretiva emitida para as escolas públicas, dizendo que os alunos transexuais devem ser autorizados a usar o banheiro do sexo com o qual se identificam. O financiamento federal poderia depender do cumprimento desta diretiva.
Dois presidentes das Comissões da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) emitiram a seguinte declaração em resposta às orientações emitidas 13 de maio pelo Departamento de Justiça dos EUA e o Departamento de Educação dos EUA intitulada ” Dear Colleague Letter on Transgender Students”:
“A Igreja Católica afirma consistentemente a dignidade inerente de cada pessoa humana e defende o bem-estar de todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis. Principalmente em uma idade jovem e nas escolas, é importante que os nossos filhos compreendam a profundidade do amor de Deus para eles e seu valor e beleza intrínseca. As crianças devem sempre ser e se sentir seguras e saber que são amadas”, afirma a nota.
“A orientação emitida 13 de maio pelo Departamento de Justiça dos EUA e o Departamento de Educação dos EUA – continuam os bispos – é profundamente perturbadora. A orientação não consegue resolver uma série de questões importantes e contradiz uma compreensão básica da formação humana tão bem expressa pelo Papa Francisco: que “os jovens precisam ser ajudados a aceitar seu próprio corpo como ele foi criado” (Amoris Laetitia [AL], n. 285)”.
Os prelados afirmaram que “Crianças, jovens e pais nestas situações difíceis merecem compaixão, sensibilidade e respeito. Todos estes podem ser expressos sem infringir legítimas preocupações sobre privacidade e segurança por parte dos outros alunos jovens e pais”. Portanto, denunciam “A orientação reguladora federal emitida no 13 de Maio nem sequer tenta alcançar este equilíbrio”.
“Como o Papa Francisco indicou recentemente, “sexo biológico e o papel sócio-cultural do sexo (género) podem ser distinguidas, mas não separadas” (AL, 56, grifo do autor)” – recordam – “Oramos para que o governo abra espaço para mais justas e misericordiosas abordagens e políticas nesta área sensível, a fim de servir o bem de todos os alunos e pais, bem como o bem comum. Nós estaremos estudando ainda mais a orientação para entender toda a extensão de suas implicações”.
A declaração foi emitida pelo bispo Richard Malone de Buffalo, presidente da Comissão USCCB sobre Leigos, Matrimônio, Vida Familiar e da Juventude; e o arcebispo George Lucas, presidente da Comissão USCCB da Educação Católica. Zenit

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