Grecianny Carvalho Cordeiro*
No dia 14 de maio aconteceu o II Encontro de Leitores do Sertão Central, no colégio Valdemar Alcântara, na bela cidade de Quixadá.
Por entre monólitos e os mistérios de uma cidade encantadora, terra de nossa querida e talentosa Rachel de Queiroz, a grande dama da literatura nacional, presenciei uma equipe formada por diversos jovens, organizando um evento magnífico, marcado pela gentileza, receptividade, carinho e extremo amor pela literatura, pelos escritores e pelos leitores.
Em pleno sábado, o colégio estava simplesmente tomado por jovens, atentos e interessados na apresentação de escritores e de seus livros, na narrativa de histórias e palestras sobre a literatura de um modo geral, sobre best sellers e clássicos, sobre literatura fantástica, dentre outros assuntos.
Inúmeros autores de uma nova e promissora geração se fizeram presentes, lançando e autografando seus livros, apresentando-os para um público contagiante, com aquela energia e entusiasmo que somente os jovens conseguem fazer.
Essas experiências nos mostram e nos ensinam que muito se pode fazer com pouco. A boa vontade, a determinação e o amor são fundamentais para qualquer coisa que se pretenda fazer. E esses jovens quixadaenses provaram isso: com poucos recursos, sem patrocínios e apoios governamentais, conseguiram com maestria, promover um encontro entre escritores e leitores do mais alto nível.
Mais que um encontro entre leitores e escritores, o II Encontro de Leitores do Sertão Central serviu como estímulo para aqueles que querem escrever suas próprias histórias, para aqueles que simplesmente amam ler as histórias contadas por outros, para os amantes e apreciadores da leitura.
Que venha o III Encontro de Leitores do Sertão Central, e que venham inúmeros outros encontros capazes de motivar e estimular a juventude ao belo caminho da literatura.
O Brasil não é um país de leitores. Pode ser. Ainda não. Mas são essas iniciativas que mudam uma cidade, um Estado, um país. É preciso acreditar, mas é preciso também apoiar e colaborar.
Parabéns aos meninos e meninas que organizaram tão significativo encontro, merecedor de todo nosso respeito e consideração. Que mais iniciativas dessa natureza apareçam nos diversos recantos do nosso abençoado Ceará, terra de José de Alencar, de Rachel de Queiroz, de Casimiro de Abreu, dos célebres escritores da Padaria Espiritual.
Um país se faz com homens e livros, como já o disse Monteiro Lobato.
*Promotora de Justiça, escritora e presidente da Academia Metropolitana de Fortaleza
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