Pular para o conteúdo principal

NOITE TENEBROSA NA SERRA GRANDE

                                                            Marcus Fernandes*                                                        

A serra dorme tranquila.
Sapos coaxam no açude,
Tetéus acordam o silêncio
Nas margens da lagoa.

A serra grande dorme.
Nas matas frondosas escuras
A seriema corre medrosa.
Chove a cântaros na serra.

Ruem samambaias seculares
Solapadas pelas avalanchas.
Na serra grande chove.
O ruído domina inclemente.

Na cidade uma tênue luz
Trêmula morrendo na casa
Do poeta que escreve
O último verso taciturno.

*Professor, escritor, músico e membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza

Comentários