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VATICANO: PAPA DIZ QUE IGREJA DEVE REJEITAR DISCRIMINAÇÃO DOS HOMOSSEXUAIS

Agência Ecclesia 26 de Junho de 2016, às 21:50 
(Lusa)    
(Lusa)
Francisco sublinha necessidade de pedir «desculpa» pelos erros e de valorizar o que se faz de bom nas comunidades católicas

Lisboa, 26 jun 2016 (Ecclesia) – O Papa disse hoje em conferência de imprensa que a Igreja deve rejeitar a discriminação dos homossexuais, recordando que de acordo com o Catecismo católico essas pessoas devem ser “respeitadas” e “acolhidas”.

Francisco falava aos jornalistas no voo de regresso desde Erevan, capital da Arménia, após concluir uma viagem de três dias ao país.

O Papa precisou que se podem condenar “por motivos de comportamento político” algumas manifestações “demasiado ofensivas para os outros”, mas não outras questões ligadas às pessoas homossexuais.

“Uma pessoa que está nesta situação, que tem boa vontade e procura Deus, quem somos nós para julgar? Devemos acompanhar bem, de acordo com aquilo que diz o Catecismo”, precisou.

Francisco foi questionado sobre a necessidade de a Igreja pedir “desculpa” aos homossexuais e respondeu que os cristãos devem fazê-lo não só "àquela pessoa que é gay e que ofendeu" mas também “aos pobres, às mulheres exploradas”.

“Devem pedir perdão pode ter abençoado tantas armas", por não ter "acompanhado muitas famílias”, acrescentou.

O pontífice realçou a ideia de que não bastam as "desculpas", mas é preciso procurar o "perdão"

O Papa, de 79 anos de idade, recordou que quando era criança havia uma mentalidade católica “fechada” na sua cidade natal de Buenos Aires, na qual era mal visto entrar em casa de divorciados.

“A cultura mudou, graças a Deus, e como cristãos temos de pedir muitas desculpas”, admitiu.

Francisco observou, no entanto, que também é necessário valorizar o trabalho de tantos “santos”, como capelães nas prisões e nos hospitais, cujo esforço é menos visível.

“Nós, cristãos, temos muitas Teresas de Calcutá”, observou.

OC

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