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Papa envia carta em vista do Bicentenário de Independência da Argentina

O Papa Francisco cita a importância dos jovens e idosos para a liberdade da Pátria Argentina

Da redação, com Rádio Vaticano
Nesta sexta-feira, 8, o Papa Francisco enviou uma carta, ao Presidente da Conferência Episcopal Argentina, Dom José Maria Arancedo, em vista do Bicentenário de Independência do país, que será celebrado neste sábado, 9. Na missiva, o Pontífice saúda os bispos, autoridades civis e todo povo argentino.
“Desejo que esta celebração nos torne mais fortes no caminho empreendido por nossos antepassados. Com estes votos, manifesto a todos os argentinos a minha proximidade e a certeza das minhas orações”, destaca.
O Santo Padre sublinha na carta que deseja estar próximo aos que mais sofrem: “os doentes, os que vivem na indigência, os encarcerados, os que se sentem sozinhos, os desempregados e os que passam por todo tipo de necessidade, os que são e foram vítimas do tráfico de pessoas e da exploração, os menores, vítimas de abuso e dos muitos jovens que sofrem por causa do flagelo da droga. Todas essas pessoas suportam o grave peso de situações, muitas vezes no limite. São os filhos mais provados da Pátria”.

Pátria Mãe

“Sim, filhos da Pátria”, afirma Francisco. “Na escola, nos ensinavam a falar da Pátria Mãe, a amar a Pátria Mãe. O sentido patriótico de pertença se enraíza no amor à Pátria Mãe. Nós argentinos usamos uma expressão quando nos referimos a pessoas sem escrúpulos: ‘Este é capaz de vender a própria mãe’. Porém, sabemos e sentimos profundamente no coração que a mãe não se vende, não pode ser vendida e nem mesmo a Pátria Mãe”, escreve o Pontífice.
“Celebramos duzentos anos de caminho de uma Pátria que, em seus desejos de fraternidade, se projeta além dos limites do país: rumo à Grande Pátria, aquela que sonharam San Martín e Bolívar. Esta realidade nos une numa família de horizontes amplos e lealdade fraterna. Por esta Grande Pátria rezamos também hoje em nossa celebração: Que o Senhor a proteja, a torne mais forte, mais fraterna e a defenda de todo tipo de colonização.”

Jovens e idosos

O Santo Padre acrescenta ainda que, baseando nestes duzentos anos, se deve continuar caminhando, olhando adiante. “Para conseguir isso, penso de modo particular nos idosos e jovens, e sinto a necessidade de pedir-lhes ajuda para continuar a percorrer o nosso caminho. Aos idosos, que têm uma boa memória da história, peço para que, superando esta “cultura do desperdício” que no âmbito mundial nos é imposto, tenham a coragem de sonhar. Precisamos de seus sonhos, fonte de inspiração. Aos jovens peço para não aposentarem a sua existência na burocrática imobilidade em que são colocadas de lado muitas propostas, carentes de ilusões e heroísmo.”
Francisco diz estar convencido de que essa Pátria precisa tornar viva a profecia de Joel. Somente se os “nossos” avós tiverem a coragem de sonhar e os “nossos” jovens de profetizar grandes coisas, a Pátria poderá ser livre.
“Precisamos de avós sonhadores que incentivem e de jovens que, inspirados por estes sonhos, corram adiante com a criatividade da profecia.”
O Papa conclui a carta pedindo a Deus para que abençoe a Argentina e à Virgem de Luján para que proteja o seu caminho.

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