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Em Fortaleza, diretora da ONU defende lei mundial sobre meio ambiente

María Mercedes defende conjunto de regras globais planetárias
O ser humano pensa ser o mundo inesgotável. Extrai do planeta mais do que precisa para viver. Com base nisso, a socióloga nicaraguenha María Mercedes Sanchez, diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável e Direitos da Natureza das Nações Unidas (ONU), defende que seja criada uma legislação mundial. Ela esteve em Fortaleza até ontem, para ministrar duas palestras com a temática harmonia com a natureza, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) e na sede da Justiça Federal, no Centro.
No conjunto de regras, ela defende que sejam definidas quais interferências o homem pode realizar sobre o meio ambiente de modo que não o agrida. Com base no desenvolvimento sustentável, a legislação autuaria como proteção sobre os diversos ecossistemas.

“É urgente haver mudança de consciência muito profunda. Vivemos em uma sociedade muito consumista e, portanto, autodestrutiva”, apontou María Mercedes ontem, em conversa com O POVO após palestra na Faculdade de Direito.

Abandonar a ideia de desenvolvimento econômico e crescimento como obsessão é um dos princípios defendidos por ela para essa legislação global. “Deve-se pensar, no lugar disso, em desenvolvimento social e sustentável e inclusão em todos os sentidos”, define.

Ela foi mentora de uma comissão internacional para discutir o que deve reger a legislação de proteção ambiental com gente do mundo inteiro. Em Fortaleza, participa da equipe a juíza federal Germana de Moraes, professora do curso de Direito da UFC.

Também esteve presente ao evento de ontem o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito Agrário da Universidade Federal de Goiás (UFG), Fernando Antônio de Carvalho Dantas, outro integrante da comissão.

“Em 2009, foi reconhecida a data de 22 de abril como Dia da Mãe Terra. Estamos há seis anos discutindo esse tema”, diz Germana de Moraes. (Angélica Feitosa)
O Povo

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