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Indígenas conquistam representação na ONU

Conselho Indigenista Missionário, um organismo tutelado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, obteve o estatuto de entidade consultiva especial no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas

Após dois anos de análise a documentos e relatórios, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) concedeu esta semana o estatuto de órgão consultivo especial ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI). A partir de agora, os serviços técnicos da instituição tutelada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) podem ser requisitados pela ONU sempre que houver necessidade de obter informações especializadas ou pareceres sobre assuntos relacionados com os povos indígenas do Brasil. 

Para o arcebispo de Porto Velho e presidente do CIMI, Roque Paloschi, esta concessão representa um reconhecimento do trabalho da organização a nível nacional e internacional na defesa dos projetos de vida dos povos indígenas. «Trata-se de um palco estratégico para denúncias e para uma construção coletiva do conhecimento e dos interesses das comunidades indígenas de todo o mundo, com capacidade efetiva de influenciar ações e os acordos no campo dos direitos sociais e económicos», sublinhou. 

O ECOSOC é o maior conselho da ONU, com 54 Estados-membros. Coordena as atividades nas áreas econômicas e sociais das agências especializadas das Nações Unidas - entre elas, OIT, FAO, UNESCO e OMS -, além das comissões técnicas e regionais. Como principal fórum de deliberação sobre questões econômicas e sociais, elabora recomendações práticas dirigidas aos 193 Estados membros e à própria ONU.

Fátima Missionária

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