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Planeta terra entra em défice ecológico

Recursos naturais que podiam ser consumidos durante um ano, para manter a terra ambientalmente equilibrada, já foram esgotados. Entre os países que estão a tentar inverter esta tendência, Portugal é um dos exemplos positivos


O planeta terra entrou esta semana em «défice ecológico» ao atingir a quota máxima de emissões de dióxido de carbono (CO2), tendo em conta o que os oceanos e bosques podem absorver, ao ultrapassar os índices máximos ao nível da pesca, e atingir taxas de desmatamento maiores do que as indicadas para a regeneração e manutenção das florestas. 

A partir de agora, segundo dados da Global Footprint Network, uma associada do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o planeta entra numa inflexão entre o que consome e o que é capaz de produzir durante um ano, fazendo com que a humanidade necessitasse de 1,6 planetas terra para satisfazer a procura em termos de recursos naturais. 

Perante estes dados, a responsável pelo Programa de Clima e Energia da WWF, Mar Asunción, alerta que para se cumprirem os objetivos estabelecidos pelo Acordo de Paris adotado por quase 200 países em dezembro de 2015, a pegada de carbono terá de ser reduzida a zero até 2050. Ou seja, é fundamental e urgente uma mudança de comportamentos. 

Segundo a WWF, alguns países já estão a tentar isso mesmo, como é o caso da Costa Rica que gerou 97 por cento da sua eletricidade através de fontes de energia renovável, nos primeiros três meses deste ano. A Alemanha, Grã Bretanha e Portugal também demonstraram níveis revolucionários de capacidade de energia renovável ao conseguirem cobrir 100 por cento da procura de eletricidade com energias renováveis, durante vários minutos, ou no caso português, durante vários dias. 

Na China, o governo elaborou um plano para reduzir o consumo de carne em cerca de 50 por cento, o que reduzirá as emissões de dióxido de carbono equivalentes à indústria de gado no país em mil milhões de toneladas em 2030.


Fátima Missionária

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