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Em livro, Bento XVI 'agradece a Deus' pela sua renúncia

Livro de entrevistas revela detalhes do primeiro papa a renunciar em sete séculos.


Com limitações da idade, Bento XVI optou por ter uma vida mais reservada longe do poder.

om limitações da idade, Bento XVI optou por ter uma vida mais reservada longe do poder.
O papa emérito Bento XVI não se arrepende por ter renunciado ao cargo e "agradece a Deus" por essa decisão, que lhe deu "sua liberdade" - segundo um livro de entrevistas que será lançado na Alemanha nesta sexta-feira (8).
"Agradeço a Deus que essa responsabilidade, que já não podia carregar, não pese mais sobre mim, que possa, em absoluta humildade, avançar em Sua direção, poder viver com os amigos e que os amigos me visitem", declara Joseph Ratzinger na obra "Conversas finais" (tradução livre), do jornalista alemão Peter Seewald.
Ele reconhece a dificuldade de sua decisão, tomada em fevereiro de 2013, de ser o primeiro papa em sete séculos a renunciar ao pontificado - "é claro que não foi fácil" -, Ratzinger afirma que "era o momento adequado".
O papa emérito explica que sua reflexão começou após sua viagem ao México e a Cuba em março de 2012. Foi quando compreendeu que não teria forças para participar das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, no ano seguinte.
A obra não contém nenhuma revelação sobre o escândalo dos padres pedófilos, mas Bento XVI garante "ter tomado as coisas (entre mãos) desde que chegaram", quando ele, então cardeal, ainda presidia a Congregação para a Doutrina da Fé (a antiga Inquisição).

AFP

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