Pular para o conteúdo principal

No AP, família fica careca para apoiar matriarca no tratamento do câncer

'O que podia trazer tristeza, se tornou alegria', diz professora Izabel Vilhena. Izabel, filho e netos ficaram carecas na quarta-feira (14), em Santana.

Fabiana Figueiredo
Do G1 AP

Izabel Vilhena, câncer, raspou a cabeça, carecas, Amapá, (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal)Filho (cinza) de Izabel e sobrinhos ficaram carecas para apoiar professora no tratamento contra o câncer (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal)
O filho e netos de Izabel Maria Vilhena, de 58 anos, rasparam, todos, os cabelos da cabeça para apoiar o tratamento da professora contra o câncer. O momento que para muitos pacientes é encarado com tristeza, para a matriarca da família Vilhena foi de pura diversão, força e otimismo.
A turma se reuniu com Izabel para raspar os cabelos no quintal da casa onde moram, emSantana, a 17 quilômetros de Macapá. O corte coletivo foi na quarta-feira (14), dia em que começaram a cair os primeiros fios de cabelo da professora, conta a família.
“A quimioterapia é muito forte. A gente se solidarizou com essa situação e decidimos que, se precisasse raspar a cabeça, todos nós iríamos raspar junto com ela. É uma doença difícil, que afeta a família toda. Essa foi uma forma que encontramos para dar uma força para ela. E ela gostou, se divertiu com a brincadeira que fizemos”, contou o tatuador Minércio Vilhena, de 34 anos, filho de Izabel.
Izabel Vilhena, câncer, raspou a cabeça, carecas, Amapá, (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal)Família Vilhena fez homenagem à Izabel (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal)
Vilhena, junto com os sobrinhos de 13, 15 e 22 anos, chegaram a fazer cortes inusitados antes de raspar completamente a cabeça. O momento foi de diversão para a família.
“Na quarta-feira ela acordou e estava com o cabelo caindo. Ela mesmo quis raspar tudo. Fomos todos lá para trás, tenho a máquina de cortar cabelo e começamos a raspar. Até brincamos com cada um fazendo um corte, de moicano, samurai, e depois raspamos de fato”, lembrou Vilhena.
Um genro da professora e amigos da família também prometeram aderir à homenagem, ficando carecas. A “missão” de apoiar e dar forças à Izabel no tratamento foi realizada com sucesso, segundo ela.
“Eu gostei da atitude deles. Eu tive que raspar por conta da quimioterapia e quando eu falei que tinha decidido, eles já tinham combinado entre eles que também iam cortar o cabelo como uma homenagem para que eu não me sentisse triste. Mas eu não estou triste. Fiquei alegre porque sei que tenho o apoio da minha família, que eles estão do meu lado. O corte de cabelo que podia trazer uma tristeza, se tornou uma alegria”, comemorou Izabel Vilhena.
Câncer
Minércio contou que a mãe descobriu a doença em março. O laudo de câncer no colo do útero veio após fortes dores no abdome e a realização de exames. Ela já retirou os nódulos, passou por três cirurgias e segue o tratamento com as sessões de quimioterapia, iniciadas em agosto.

Izabel Vilhena, câncer, raspou a cabeça, carecas, Amapá, (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal)
Familiares chegaram a fazer cortes inusitados antes de ficarem carecas (Foto: Minércio Vilhena/Arquivo Pessoal
)

Comentários